Otimismo no agro: SLC Agrícola (SLCE3) salta 6% com projeção de custos de produção menores – BTG e Empiricus dizem se é hora de investir
A SLC Agrícola (SLCE3) divulgou as projeções para a safra 2024/25 e o mercado se animou com os custos de produção menores e a expansão da área plantada; veja o que dizem os analistas
A SLC Agrícola (SLCE3) divulgou as projeções para a safra 2024/25 e o mercado se animou com os custos de produção menores e a expansão da área plantada; veja o que dizem os analistas
Depois de meses sofrendo na bolsa, as ações da SLC Agrícola (SLCE3) estão entre as maiores altas do Ibovespa nesta sexta-feira (27) com avanço de 6%. O motivo para o otimismo é a nova projeção da companhia para os custos de produção e a expansão da área plantada.
A empresa divulgou o guidance para a safra 2024/25 na noite da última quinta (26) e o mercado se animou com as estimativas da agrícola.
A SLC anunciou que pretende expandir a área plantada para 736,9 mil hectares, o que representa um crescimento de 11,4% em relação à safra 2023/24.
A empresa é uma potência brasileira na produção de milho, algodão e soja e quer dividir a plantação da seguinte forma:
- 51,5% da área receberá soja – aumento de 18,7% em relação à safra anterior;
- 26,3% da área receberá algodão – crescimento de 2,5% em relação à safra anterior;
- 16,1% da área receberá milho – aumento de 25% em relação à safra anterior; e
- 6,1% serão destinados para outras culturas da companhia.
Parte da produção da SLC foi bastante afetada na safra 2023/24 devido aos efeitos do evento climático El Niño, que gera o aumento das temperaturas e o clima seco.
Leia Também
Portanto, as perspectivas de aumento da área plantada daqui para frente foram bem recebidas pelo mercado.
O analista Ruy Hungria, da Empiricus Research, explica que “a companhia tem aproveitado o momento de preços baixos dos grãos para fazer parcerias e arrendamentos de novas terras com preços atrativos”.
Hungria também destaca como ponto positivo a melhora de expectativa na produtividade do plantio de algodão, sinalizada pela empresa no comunicado.
A projeção que fez os olhos dos investidores brilharem
Além das perspectivas de aumento da área plantada, a SLC Agrícola também divulgou uma redução prevista nos custos de produção.
Os custos por hectare devem diminuir 5,2% em relação ao ano anterior. Segundo a empresa, essa queda reflete principalmente o declínio dos preços dos fertilizantes, defensivos e sementes.
Os custos por hectare podem reduzir 3% para o algodão e 8% para a soja e o milho, de acordo com os números divulgados pela SLC Agrícola.
Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Pedro Soares, analistas do BTG Pactual, defendem que essa diminuição nos custos foi o principal destaque positivo do comunicado e deve ser um fator de animação entre os investidores.
“Dado que o ano passado foi desafiador para as empresas agrícolas, com a rentabilidade da soja e do milho quase no ponto de equilíbrio, essa nova orientação aumenta nossa confiança de que a próxima safra pode devolver a rentabilidade dos agricultores aos níveis históricos”, afirmaram em relatório.
Os analistas reconhecem que os preços mais baixos das commodities ainda podem pressionar a ação, mas acreditam que os papéis da SLC Agrícola são uma boa oportunidade de investimento no longo prazo e mantêm recomendação de compra.
‘Guidance sinaliza números melhores para o próximo ano’ – veja upside e potencial de dividendos de SLCE3
Assim como os analistas do BTG, Hungria, da Empiricus, reconhece que o momento segue desafiador para o agronegócio em 2024.
Os preços baixos dos grãos ainda podem afetar negativamente a SLC, mas Hungria defende que o “guidance sinaliza números melhores para o próximo ano”.
A Empiricus Research mantém recomendação de compra para a agrícola e a ação faz parte de uma carteira focada em dividendos da casa de análise.
De acordo com a projeção dos analistas, o papel SLCE3 pode pagar proventos de até 6,8% neste ano e, em 2025, de até 5,6%.
O preço-alvo do papel é similar na visão do BTG Pactual e da Empiricus Research.
Enquanto a Empiricus acredita que o papel pode chegar a R$ 23 – potencial de alta de 30,3% em relação ao preço do último fechamento (26) –, o BTG estima que a ação tem potencial para alcançar R$ 24 – upside de 36% em relação à cotação de R$ 17,63 do fechamento de quinta-feira.
Com a disparada de hoje após o guidance animador, a empresa acumula alta de 1,96% no acumulado de 2024. Nos últimos 12 meses, a performance é negativa em 3,46%.
- VEJA MAIS: A queda de 35% da Cosan (CSAN3) em 2024 é oportunidade para comprar ou sinal de alerta? Confira a recomendação do BTG Pactual.
Relembre como foi o 2T24 da empresa agrícola
Na última divulgação de resultados, no 2º trimestre de 2024, a SLC Agrícola reportou resultados mais fracos, pressionados principalmente pela soja, que teve um recuo de 43,2% na receita gerada.
A companhia também teve uma queda de 7,8% no lucro. Os números menores já eram esperados pelo mercado devido aos desafios dos preços dos grãos durante o ano.
Laranjinha vs. Roxinho na Black Friday: Inter (INBR32) turbina crédito e cashback enquanto Nubank (ROXO34) aposta em viagens
Inter libera mais de R$ 1 bilhão para ampliar poder de compra no mês de novembro; Nubank Ultravioleta reforça benefícios no Nu Viagens
Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização
O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário
Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos
Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões
Banco ABC Brasil (ABCB4) quer romper o teto histórico de rentabilidade e superar os 15% de ROE: “nunca estamos satisfeitos”, diz diretor
Mesmo com ROE de 15,5%, o diretor financeiro, Ricardo Moura, afirma que está “insatisfeito” e mapeia as alavancas para entregar retornos maiores
Magazine Luiza (MGLU3) tem lucro quase 70% menor no 3T25 e CFO culpa a Selic: “ainda não estamos imunes”
A varejista registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 milhões entre julho e setembro; executivo coloca o desempenho do período na conta dos juros elevados
“Estamos vivendo um filme de evolução”, diz CFO da Espaçolaser (ESPA3). Receita e Ebitda crescem, mas 3T25 ainda é de prejuízo
A rede de depilação fechou o trimestre no vermelho, mas o diretor Fabio Itikawa vê 2025 como um ano de reconstrução: menos dívida, mais caixa e expansão apoiada em franquias
Cogna (COGN3) acerta na lição de casa no 3T25 e atinge menor alavancagem em 7 anos; veja os destaques do balanço
A companhia atribui o resultado positivo do terceiro trimestre ao crescimento e desempenho sólido das três unidades de negócios da empresa: a Kroton, a Vasta e a Saber
Axia (ELET3): após o anúncio de R$ 4,3 bilhões em dividendos, ainda vale comprar a ação da antiga Eletrobras?
Bancos consideraram sólido o desempenho da companhia no terceiro trimestre, mas um deles alerta para a perda de valor do papel; saiba o que fazer agora
Adeus home office: Nubank (ROXO34) volta ao escritório por “custos invisíveis”; funcionários terão tempo para se adaptar ao híbrido
O Nubank se une a diversas empresas que estão chamando os funcionários de volta para os escritórios
Minerva (BEEF3) tem receita líquida e Ebitda recordes no 3T25, mas ações desabam na bolsa. Por que o mercado torce o nariz para o balanço?
Segundo o BTG Pactual, com um trimestre recorde para a Minerva, o que fica na cabeça dos investidores é: o quão sustentável é esse desempenho?
Rede D’Or (RDOR3) brilha com lucro 20% acima das expectativas, ação é a maior alta da bolsa hoje e ainda pode subir mais
No segmento hospitalar, a empresa vem conseguindo manter uma alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com expansão
Vai caber tudo isso na Raposo Tavares? Maior empreendimento imobiliário do Brasil prepara “cidade própria”, mas especialistas alertam para riscos
Reserva Raposo prevê 22 mil moradias e até 80 mil moradores até 2030; especialistas alertam para mobilidade, infraestrutura e risco de sobrecarga urbana
iPhone, iPad, MacBook e mais: Black Friday da iPlace tem produtos da Apple com até 70% de desconto, mas nem tudo vale a pena
Rede autorizada Apple anuncia descontos em iPhones, MacBooks, iPads e acessórios, mas valores finais ainda exigem avaliação de custo-benefício
Banco ABC Brasil (ABCB4) corta guidance e adota tom mais cauteloso para 2025, mesmo com lucro e rentabilidade em alta no 3T25
O banco entregou mais um trimestre previsível, mas decidiu ajustar as metas para o ano; veja os principais números do resultado
O melhor está por vir para a Petrobras (PETR4)? Balanço do 3T25 pode mostrar que dividendo de mais de R$ 10 bilhões é apenas o começo
A produção de petróleo da estatal deve seguir subindo, de acordo com bancos e corretoras, abrindo caminho para novas distribuições robustas de proventos aos acionistas
Empreender na América Latina exige paciência, mas o país menos burocrático da região vai deixar você de queixo caído
Estudo internacional mostra que este país reduziu o tempo para abrir empresas e agora lidera entre os países latino-americanos, enquanto outro enfrenta o maior nível de burocracia
Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa
A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3
C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25
A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso
RD Saúde (RADL3), dona da Raia e Drogasil, é vítima do próprio sucesso: ação chegou a ser a maior queda do Ibovespa e agora se recupera do tombo
Receita com medicamentos como Ozempic e Mounjaro engordou os resultados da rede de farmácias, mas essas vendas podem emagrecer quando genéricos chegarem ao mercado
Itaú (ITUB4) não quer juros altos e seguirá com ROE acima de 20%, diz CEO: “A barra subiu faz tempo”
Milton Maluhy Filho afirma que o banco segue confortável com o atual nível de rentabilidade e projeta cortes na Selic a partir de 2026; veja o que esperar daqui para frente
