Feita de aço: o imposto de importação pode subir para 25% e as ações dessa empresa devem sair na frente
O Itaú BBA fez uma análise de sensibilidade sobre as possíveis mudanças na tributação e elegeu a vencedora — que figurou nesta sexta-feira (19) entre as maiores altas do Ibovespa
A notícia de que o imposto de importação pode aumentar geralmente é negativa para as empresas — e pode refletir nas ações. Mas, no caso das siderúrgicas, a história é um pouco diferente e, segundo o Itaú BBA, uma gigante do setor deve sair na frente.
Em um possível aumento no imposto de importação de 12% para 25% dos produtos siderúrgicos, a Usiminas (USIM5) seria a mais beneficiada do setor.
A avaliação ajudou as ações da empresa a figurarem entre as maiores altas do Ibovespa durante o início desta sexta-feira (19).
Agora, os papéis USIM5 perdem um pouco do ímpeto, mas seguem em alta de 0,94%, cotados a R$ 8,60 na B3. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
Usiminas vence, mas não está sozinha
Embora seja a maior beneficiária de um possível aumento do imposto de importação, a Usiminas não está sozinha nessa.
Outras usinas como a Gerdau (GGBR4) e Companhia Siderúrgica Nacional (CSNA3) também sairiam favorecidas, em um patamar menor, de acordo com o Itaú BBA em relatório.
Leia Também
O banco ressalta, no entanto, que não trabalha com um cenário de sobretaxa dos importados.
Considerando que a alteração seja apenas em relação ao preço, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) estimado em 2024 para a Usiminas aumentaria 60%, ou R$ 1,9 bilhão a mais que o previsto pelo Itaú BBA.
No caso da Gerdau, o avanço seria de 20%, ou R$ 2,2 bilhões, e, para a CSN, poderia haver uma alta de 13%, ou R$ 1,6 bilhão.
ONDE INVESTIR EM 2024: AÇÕES, RENDA FIXA, DIVIDENDOS, FIIS, BDRs E CRIPTOMOEDAS - INDICAÇÕES GRÁTIS
A queda de braço do imposto maior
Os produtores de aço e as indústrias consumidoras travam uma verdadeira queda de braço em torno do imposto de importação — a ponto de ser necessário que o governo arbitre sobre a questão.
De um lado, siderúrgicas como a Gerdau, ArcelorMittal e Usiminas — representadas pelo Instituto Aço Brasil — e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de forma independente, tentam aumentar o imposto de importação do aço de aproximadamente 12% para 25%.
Leia também: Cemig (CMIG4) anuncia investimento recorde de mais de R$ 35 bilhões; saiba para onde vai essa grana toda
Do outro, mais de 120 mil empresas trabalham para impedir a sobretaxa. São companhias que atuam em construção civil, automotivo, máquinas e equipamentos, eletrodomésticos, entre outros, liderados por uma coalizão de 16 entidades.
As siderúrgicas argumentam que o aumento do imposto é necessário para nivelar as condições de concorrência da indústria global, sobretudo da China.
Os consumidores do aço, por sua vez, dizem haver um risco de desindustrialização caso o Brasil aumente a taxação das importações do produto.
O Itaú BBA avalia que as importações representaram 21% do consumo aparente de aço no Brasil em 2023, valor classificado como alto na comparação com a média histórica, em 13% — mesmo reconhecendo a situação, o banco se mantém cético em relação a uma sobretaxa.
“Notamos também que os grandes consumidores de aço, como as indústrias da construção, automóvel e de produtos da linha branca, provavelmente sofreriam com os preços mais elevados do aço”, diz o banco em relatório.
O Itaú BBA pontua ainda que as implicações políticas com os parceiros comerciais do Brasil teriam de ser levadas em consideração neste caso.
De acordo com o banco, o aumento da tarifa de importação implicaria em mudanças estruturais na indústria siderúrgica nacional.
Caso a medida aconteça, o Itaú BBA diz que seria muito positivo para CSN, Gerdau e Usiminas, visto que aumentaria o equilíbrio estrutural da paridade de importação com os preços internacionais.
A lição deixada pelo ataque cibernético que parou a linha de montagem da Jaguar Land Rover
Maior fabricante automotiva do Reino Unido não produziu nenhum veículo em setembro devido a ataque cibernético
“É provável que teremos dividendos extraordinários em breve”, diz executivo da Vale — aqui está o que precisa acontecer para o dinheiro cair na conta dos acionistas
Após desempenho operacional e financeiro considerados robustos no terceiro trimestre, o CFO Marcelo Bacci e o CEO Gustavo Pimenta dizem se a compra bilionária de debêntures e se a tributação de dividendos pode afetar a distribuição dos proventos da mineradora daqui para frente
Cade dá o sinal verde para que BTG e Perfin injetem R$ 10 bilhões na Cosan (CSNA3) por meio da subscrição de ações
Com aval do Cade, Cosan se aproxima do aporte bilionário de BTG e Perfin e busca aliviar a pressão financeira
Raízen (RAIZ4) na corda bamba: Moody’s coloca nota de crédito sob revisão; veja motivos
A agência afirma que a análise da revisão da Raízen se concentrará em iniciativas que possam potencialmente contribuir para uma melhoria na estrutura de capital da empresa
Ata da Ambipar (AMBP3) contradiz versão oficial e expõe aval do conselho a operações com Deutsche Bank antes da crise
Documento não divulgado à CVM mostra que o conselho da Ambipar aprovou os contratos de swap com o Deutsche Bank; entenda
Gerdau (GGBR4) vai pagar mais de meio bilhão de reais em dividendos mesmo com queda de 24% do lucro
Metalúrgica Gerdau também anunciou a distribuição de proventos aos acionistas, equivalentes a R$ 0,19 por ação, totalizando R$ 188,8 milhões; confira os prazos
Netflix mais barata na bolsa: gigante do streaming desdobrará ações proporção de 10 para 1 em operação questionada por Warren Buffett
O megainvestidor é famoso por se recusar a desdobrar as ações da Berkshire Hathaway e criou uma classe de ações “B” com preços mais modestos
Rebatizado: Banco Central autoriza BlueBank a readotar o nome Letsbank após mudança feita em março, quando passou à gestão de Maurício Quadrado
A autorização vem na esteira da decisão do BC que rejeitou a transferência de controle do BlueBank para Quadrado e vetou a venda do grupo Master ao BRB
Vale (VALE3) bate projeção com lucro de US$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre; confira os números da mineradora
A estimativa da Bloomberg indicava para queda do lucro líquido entre julho e setembro e um crescimento mais tímido da receita no período; ADRs sobem no after hours em Nova York
Apple sobe 4% após balanço, mas é a Amazon que dispara 14%; confira o que agradou o mercado lá fora
Ainda assim, o desempenho das ações da gigante do varejo eletrônico está bem abaixo da Microsoft e do Alphabet, com alta de apenas 2,4% no acumulado do ano, contra 24% da Microsoft e 49% da dona do Google
Derrota para os credores da Ambipar (AMBP3): recuperação judicial tramitará no Rio de Janeiro; ações disparam 18%
O deferimento marca o início do período de 180 dias de suspensão de execuções e cobranças
Ambev (ABEV3) diz que consumo de cerveja em bares e restaurantes caiu com inverno rigoroso e orçamento apertado
A fabricante de cervejas está otimista com a Copa do Mundo e mais feriados em 2026; analistas enxergam sinais mistos no balanço
Esta construtora já foi a mais valiosa do mercado, mas hoje tem a ação valendo 1 centavo: a história bizantina da PDG (PDGR3)
Antes apontada como uma “queridinha” dos investidores na bolsa, a PDG Realty (PDGR3) atravessa um conturbado processo de recuperação judicial
“ROE a gente não promete, a gente entrega”, diz CEO do Bradesco (BBDC4). Marcelo Noronha prevê virada da rentabilidade “batendo à porta”
Ainda que a rentabilidade esteja no centro da estratégia traçada por Marcelo Noronha, o CEO não quer cortar investimentos — e revelou de onde virá o ganho de ROE no futuro
A Vale (VALE3) voltou às graças do BTG: por que o banco retomou a recomendação de compra?
De acordo com o banco, a empresa vem demonstrando melhoras operacionais. Além disso, o cenário para o minério de ferro mudou
STJ volta atrás e suspende liberação das atividades da Refit, alvo da Operação Carbono Oculto; Haddad comenta decisão
A PF investiga a Refit por indícios de que o combustível da refinaria abastece redes de postos de gasolina controlados pelo PCC
A Vale (VALE3) está fazendo a lição de casa, mas o resultado do 3T25 será suficiente? Saiba o que esperar do balanço
O relatório operacional divulgado na semana passada mostrou um aumento na produção de minério, mas uma baixa em pelotas; confira como esse desempenho pode se refletir nos números da companhia entre julho e setembro
Sem ‘mãozinha’ da Argentina, Mercado Livre (MELI34) tem lucro abaixo do esperado no 3T25, mas frete grátis faz efeito no Brasil
O Mercado Livre (MELI34) registrou lucro líquido de US$ 421 milhões no 3T25, avanço de 6% em relação ao ano anterior, mas abaixo das expectativas do mercado, que projetava US$ 488,65 milhões.
O que a dona do Google tem que as outras não têm? Alphabet sobe forte no after em Nova York após balanço; Meta e Microsoft apanham
Enquanto as ações da Alphabet chegaram a subir 6% na negociação estendida, os papéis da Meta recuaram 9% e os da Microsoft baixaram 2%; entenda os motivos que fizeram os investidores celebrarem uma e punirem as outras
“Só o básico” no Bradesco (BBDC4)? Lucro sobe quase 20% e vai a R$ 6,2 bilhões no 3T25, sem grandes surpresas
Em termos de rentabilidade, o banco também não surpreendeu, com um retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) de 14,7% no trimestre; veja os destaques do balanço