🔴 ONDE INVESTIR EM OUTUBRO? MELHORES AÇÕES, FIIS E DIVIDENDOS – CONFIRA AQUI

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

APETITE POR CRÉDITO

Exclusivo: Dívida de empresas de capital aberto bate recorde em 2024. O que esperar delas daqui para a frente? 

As maiores companhias de capital aberto do planeta acumularam o recorde de US$ 8,18 trilhões em empréstimos em 2023/24, segundo levantamento da gestora Janus Henderson

Camille Lima
Camille Lima
1 de julho de 2024
7:07 - atualizado às 15:48
dívida, negócio, inadimplência, débito, conta, dinheiro, moedas
Imagem: Pixabay

O elevado patamar de juros global foi incapaz de diminuir o apetite das empresas por novas fontes de crédito. As maiores companhias de capital aberto do planeta registraram o recorde de US$ 8,18 trilhões (cerca de R$ 45,75 trilhões no câmbio atual) em empréstimos líquidos em 2023/24, de acordo com o Índice de Dívida Corporativa Global anual da Janus Henderson, obtido em primeira mão pelo Seu Dinheiro

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A cifra equivale a um aumento de 4,9% no comparativo anual, equivalente a US$ 378 bilhões (R$ 2,11 trilhões).

Apesar de estar nas máximas, o montante sinaliza ainda os sinais de pressão do aperto monetário, com um crescimento anual significativamente inferior ao de 2022/23 e ao de 2018 e 2019.

Gráfico: Janus Henderson

“As taxas de juro mais elevadas foram claramente um fator de moderação do apetite para contrair empréstimos ao longo do último ano”, afirma a gestora em relatório.

“Taxas mais elevadas significaram um aumento mais lento do endividamento e menos empresas a expandirem os seus balanços, mas o último ano ainda assistiu a um apetite saudável por empréstimos.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale destacar que o índice considera 933 empresas de todo o mundo com maiores valores de mercado (market cap), excluído o setor financeiro, com todas as cifras em moeda corrente, sem flutuação cambial.

Leia Também

  • As melhores recomendações da Empiricus na palma da sua mão: casa de análise liberou mais de 100 relatórios gratuitos; acesse aqui

De olho na dívida das empresas

De acordo com os analistas, demorou, mas o impacto das elevadas taxas de juros realmente começou a se fazer sentir nas operações das empresas. 

As empresas listadas atingiram o pico de pagamento de juros no período, com o depósito de US$ 458 bilhões (equivalente a R$ 2,56 trilhões no câmbio atual) a bancos e detentores de títulos.

O montante equivale a um aumento de 24,4% em relação ao ano anterior, quando a quantia chegava a US$ 368 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo a gestora, os custos do serviço da dívida — isto é, o valor total pago em juros sobre um empréstimo ao longo de um determinado período — estão em níveis recordes em todos os países do índice e em todos os setores.

Os custos de juros mais elevados consumiram 12,4% dos lucros operacionais em 2023/24 — e a expectativa da Janus Henderson é que eles dêem uma mordida ainda maior no próximo ano. 

“Ao longo do próximo ano, esperamos ver os custos dos juros continuarem a subir, mesmo quando os bancos centrais começarem a cortar as taxas. Isso reflete o refinanciamento constante de obrigações e empréstimos vencidos com taxas baixas e empréstimos mais caros.”

De acordo com o relatório, a rentabilidade total das empresas globais (excluindo o setor financeiro) caiu 7,7% em 2023/24 a nível global, com impacto dos preços mais baixos de energia e quedas na mineração.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Apesar dos aumentos modestos no endividamento e do forte aumento nos custos do serviço da dívida, não há indicação de que as maiores empresas do mundo estejam coletivamente sobreendividadas”, destacou a gestora.

Como está a situação global da dívida corporativa

Do lado dos emergentes, as dívidas registraram leve queda neste ano em relação a 2022, já que as taxas de juros mais altas dissuadiram a tomada de empréstimos, de acordo com a Janus Henderson. 

No Brasil, a dívida líquida aumentou 4,6%, impulsionada pelo aumento dos débitos da Vale (VALE3) para financiar investimentos, dividendos e recompra de ações.

Por sua vez, o Japão foi o país que registrou aumentos mais rápidos, com os incrementos das taxas a partir de níveis próximos de zero elevando os custos de juros em 39% em relação ao ano anterior e para mais que o dobro do total de 2020/21. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na Europa, os custos de juros também aumentaram 28% em moeda constante em 2023/24, um segundo ano consecutivo de aumentos rápidos, apesar de os níveis de endividamento terem se mantido praticamente estáveis por cinco anos. As empresas da região agora estão arcando com uma conta de juros 54% maior do que em 2020/21. 

Já as empresas norte-americanas levaram muito mais tempo para sentir os efeitos das taxas de juros mais altas, devido ao maior financiamento de longo prazo por meio do mercado de títulos de dívidas no exterior (bonds). 

“Nos Estados Unidos, onde os efeitos das taxas de juros mais altas demoraram em ter efeito, as empresas começaram a sentir esse impacto com um aumento de 23% em 2023/24, uma vez que os títulos foram constantemente refinanciados com taxas de juros mais altas”, afirmou a gestora.

Já a China, a Tailândia e o México estão entre os países que registraram dívidas mais baixas, segundo o levantamento. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A queda de 4,2% das dívidas corporativas na China em 2023/24 foi ajudada pelos fortes fluxos de caixa de empresas como Alibaba — dona do AliExpress —, Tencent, PetroChina e Amperex. 

Entre empréstimos e caixa líquido

As montadoras de veículos se tornaram algumas das empresas mais endividadas do mundo — e foram as que mais tomaram empréstimos em 2024, segundo a Janus Henderson.

Como as fabricantes de automóveis tiveram um aumento nas vendas, isso elevou significativamente a necessidade de capital de giro, especialmente em relação ao financiamento fornecido aos clientes. 

Com isso, a Volkswagen recuperou sua posição como a empresa mais endividada do mundo durante o ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, de acordo com o estudo, operações de aquisições e fusões (M&As) foram as principais catalisadoras do aumento do endividamento líquido das empresas.

O setor de saúde foi responsável por quase um terço do avanço, com negócios como a compra da Seagen pela Pfizer e a aquisição da Horizon pela Amgen.

“Algumas empresas de vários setores, como Chevron, Engie, Equinor, BHP e RTX, não tinham fluxo de caixa suficiente para cobrir os dividendos prometidos e as recompras de ações e, por isso, pediram emprestado a diferença”, afirmou a Janus Henderson. 

Os proventos dessas companhias saltaram para o recorde de US$ 1,08 trilhão no último ano, enquanto as recompras de ações totalizaram US$ 667 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Veja as 10 empresas que mais contraíram empréstimos neste ano:

EmpresaTotal de novos empréstimos (US$)
Volkswagen US$ 196 bilhões
Toyota US$ 179 bilhões
Verizon Communications US$ 172 bilhões
AT&T US$ 152 bilhões
Deutsche Telekom US$ 150 bilhões
Ford US$ 111 bilhões
Charter CommunicationsUS$ 98 bilhões
Comcast Corporation US$ 97 bilhões
Mercedes-BenzUS$ 96 bilhões
General Motors US$ 94 bilhões
TotalUS$ 1,34 trilhão
Fonte: Janus Henderson.

Por sua vez, as 7 maiores empresas de tecnologia dos EUA viram o caixa líquido aumentar em US$ 52 bilhões, apesar das enormes distribuições de dividendos e recompras de ações.

Juntas, essas companhias desembolsaram cerca de US$ 210 bilhões em proventos e aquisições de papéis. 

Com isso, a Alphabet, dona do Google, continuou sendo a empresa mais rica em caixa do mundo.

Confira as empresas mais ricas em caixa em 2024:

EmpresaCaixa líquido (US$)
Alphabet (dona do Google)US$ 81 bilhões
China Mobile LimitedUS$ 71 bilhões
SamsungUS$ 62 bilhões
AlibabaUS$ 61 bilhões
AppleUS$ 38 bilhões
PDD Holdings US$ 38 bilhões
MicrosoftUS$ 32 bilhões
Meta PlatformsUS$ 28 bilhões
Taiwan Semiconductor ManufacturingUS$ 24 bilhões
StellantisUS$ 21 bilhões
TotalUS$ 455 bilhões
Fonte: Janus Henderson.

O que vem pela frente?

Na avaliação da Janus Henderson, os níveis de endividamento das empresas devem continuar a aumentar em 2024/25.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Porém, o crescimento deve desacelerar o passo, para uma expansão de 2,5% na comparação anual, ao recorde de US$ 8,38 trilhões.

Enquanto isso, a projeção dos analistas é que o custo do serviço da dívida siga em expansão mesmo quando os bancos centrais reduzirem as taxas de juros.

“Mesmo que as taxas de juros dos bancos centrais comecem a cair este ano, esperamos que as contas de juros continuem a subir neste momento, pois as dívidas antigas continuam a vencer e a ser refinanciadas a taxas mais altas”, afirmou Tim Winstone, portfolio manager da carteira de crédito corporativo da Janus Henderson.

“De modo geral, as empresas estão absorvendo esses custos de juros mais altos com pouca dificuldade, embora o impacto seja maior para as companhias menores (que muitas vezes enfrentam um precipício de refinanciamento) do que para as maiores, que normalmente têm uma gama de vencimentos para suas dívidas e, portanto, observam uma mudança mais gradual para contas com juros mais altos.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Apesar da perspectiva de elevado custo de juros, o gestor da Janus Henderson diz estar “otimista” em relação ao mercado de títulos de dívida (bonds) no próximo ano.

"As economias resistiram bem às taxas mais altas e parecem estar aterrissando de forma relativamente suave. À medida que o ciclo de taxas finalmente se tornar descendente, os bonds terão um bom desempenho com a queda dos rendimentos, gerando retornos de capital para os investidores."

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
POTENCIAL NO SETOR IMOBILIÁRIO

Cyrela (CYRE3) tem vendas aceleradas mesmo em momento de juros altos; veja por que ações podem subir até 35%, segundo o BB Investimentos

15 de outubro de 2025 - 14:02

A incorporadora, cujas ações estão em alta no ano, mais que dobrou o volume de lançamentos, o que fez o BB Investimentos elevar o preço-alvo para os papéis

MAIS VALOR AO ACIONISTA

Ação ficou barata? Por que Hapvida (HAPV3) vai recomprar até 20 milhões de ações na bolsa

15 de outubro de 2025 - 12:09

O conselho de administração da Hapvida aprovou a criação de um programa para aquisição de até 20 milhões de ações HAPV3

PARA SAIR DO BURACO

Governo Lula entra em campo para salvar os Correios e busca empréstimo de R$ 20 bilhões com garantia da União

15 de outubro de 2025 - 11:07

Desde 2022, a estatal apresenta prejuízos, mas o resultado negativo vem piorando semestre a semestre

AQUISIÇÃO NUCLEAR

J&F, dos irmãos Batista, compra participação da Eletrobras (ELET3) na Eletronuclear por R$ 535 milhões e estreia no setor de energia nuclear

15 de outubro de 2025 - 10:44

O acordo também prevê que a holding dos Batista assumirá garantias e adotará as providências necessárias com os credores e parceiros da Eletronuclear

DEPOIS DO ESCÂNDALO

Reag oficialmente troca de mãos, e novo controlador revela planos. Agora, o que falta é uma OPA

15 de outubro de 2025 - 9:17

Com a operação, a holding Arandu Partners comprou cerca de 87,4% do capital total da Reag. Veja os próximos passos

RESPOSTA

BRB rebate acusações de negócios com Master “às margens do Banco Central”; confira os detalhes

14 de outubro de 2025 - 20:00

Segundo o documento, as operações realizadas pelo BRB seguem a dinâmica natural do mercado financeiro, “sempre com o objetivo de gerar eficiência, rentabilidade e crescimento”

TIJOLO POR TIJOLO

Moura Dubeux (MDNE3) ainda pode subir mais de 50%, na visão do Bradesco BBI; veja o novo-preço alvo da construtora nordestina

14 de outubro de 2025 - 18:55

Banco revisou estimativas após balanço do terceiro trimestre e destaca que companhia superou as expectativas

REBRANDING PRA QUÊ?

Streaming famoso vai mudar de nome e você vai ficar com cara de tacho quando souber qual é

14 de outubro de 2025 - 16:59

Menos “+”, mais confusão: a Apple rebatiza seu streaming para parecer simples, mas o nome agora vale por três

ADEUS À B3?

Gol (GOLL54): o que acontece com as 100 mil pessoas físicas que têm a ação com a proposta de fechar o capital?

14 de outubro de 2025 - 16:56

Com 99% das ações já nas mãos do Grupo Abra, a Gol quer encerrar o capital e comprar a fatia que ainda pertence aos minoritários; veja as condições

VENDE-SE

R$ 1 bilhão em jogo? Guararapes contrata BTG Pactual para ajudar na venda do shopping Midway Mall e ações sobem

14 de outubro de 2025 - 15:57

Shopping de Natal, no Rio Grande do Sul, teve Ebtida de R$26,9 milhões no trimestre passado

BONS VENTOS

Titãs de Wall Street superam previsão de lucro e receita, mercado gosta, mas ações caem; entenda os motivos

14 de outubro de 2025 - 13:56

Citigroup e Wells Fargo conseguem romper a maré de perdas em Nova York e papéis chegam a dispara mais de 7% nesta terça-feira (14)

CORRIDA CONTRA O TEMPO

Banco Master tem conta de R$ 1 bilhão em CDBs até o fim do mês — e corre contra o tempo para conseguir pagar

14 de outubro de 2025 - 13:05

Vencimento se soma ao prazo de pagamento de linha de crédito concedida pelo FGC e torna venda do Will Bank urgente

QUAIS SÃO AS PREFERIDAS

XP inicia cobertura de 3 empresas do setor elétrico e que podem subir até 55%; veja quais

14 de outubro de 2025 - 11:40

No setor elétrico, a Neoenergia, que passa por um momento decisivo, tem preço-alvo de R$ 42,60, com potencial de valorização de 55%, segundo a XP

'INVESTIMENTO ESQUECIDO'

Ações, dividendos e Fundo 157: Vale (VALE3) emite alerta para um antigo golpe agora repaginado

14 de outubro de 2025 - 11:29

Vale (VALE3) alerta sobre golpe envolvendo dividendos, ações e o Fundo 157

NOVO CLIENTE NA CARTEIRA

Mais um interessado nos jatos da Embraer (EMBR3): TrueNoord fecha pedido firme de quase R$ 10 bilhões para aviões E195-E2

14 de outubro de 2025 - 10:41

O negócio contempla o pedido firme de 20 jatos E195-E2 e ainda garante direitos de compra para mais 30 aeronaves

NO ESCURO

Apagão nacional: o motivo por trás do blecaute que deixou milhões no escuro na madrugada

14 de outubro de 2025 - 10:15

Incêndio em subestação no Paraná teria provocado reação em cadeia no sistema elétrico, deixando parte do país sem luz por até uma hora

VOO DISTANTE

Gol (GOLL54) quer voar para longe da bolsa de valores: entenda a proposta que pode fechar o capital da aérea

14 de outubro de 2025 - 10:03

Plano da Gol abre caminho para o fechamento de capital e saída da B3, em meio à baixa liquidez das ações e às exigências da bolsa por reenquadramento

O ADEUS A BPAN4

Vem aí a tão esperada incorporação do Banco Pan: BTG Pactual propõe ficar com 100% do capital e ações BPAN4 disparam 26% na B3

14 de outubro de 2025 - 9:47

O banco de André Esteves pretende incorporar integralmente o Pan, transformando-o em uma subsidiária completa do grupo BTG. Entenda o que vem pela frente

DE "CARA" NOVA

A Embraer (EMBR3) vai mudar: novo ticker passa a valer a partir de 3 de novembro na bolsa brasileira e em Nova York

13 de outubro de 2025 - 19:40

O anúncio sugere um esforço da fabricante brasileira de aeronaves de unificar sua identidade corporativa nos mercados em que atua

LAPIDADA

Produção da Aura Minerals (AURA33) sobe no 3T25 e conquista otimismo de bancos. Hora de comprar?

13 de outubro de 2025 - 19:06

Mineradora teve um avanço de 16% na produção consolidada em comparação ao período trimestre anterior; saiba o que fazer com as ações agora

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar