🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

DE OLHO NO ENDIVIDAMENTO

É o fim dos dividendos gordos? CEO da Taesa (TAEE11) revela motivo por trás da mudança na política de proventos

Além do balanço do primeiro trimestre de 2024, a empresa de transmissão de energia anunciou ontem uma proposta para alterar a distribuição de proventos; entenda

Camille Lima
Camille Lima
9 de maio de 2024
11:37 - atualizado às 17:49
taesa ação dividendos taee11
Imagem: The Capital Advisor

Os investidores que buscam retornos com dividendos tomaram um baque na noite da última quarta-feira (8) com a notícia de que uma das vacas leiteiras da bolsa brasileira, a Taesa (TAEE11), está prestes a mudar sua política de dividendos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A empresa de transmissão de energia anunciou ontem, junto ao balanço do primeiro trimestre de 2024, uma proposta para alterar a base de cálculo da distribuição de proventos. 

A partir deste ano, a companhia deixará de lado os padrões contábeis IFRS para mensurar as remunerações a investidores. Agora, o referencial usado será o lucro líquido regulatório — que desconsidera os impactos da inflação na receita.

Para o CEO Rinaldo Pecchio Junior, a nova política de proventos mostra o foco da companhia em gerar retorno ao acionista enquanto também prioriza a gestão do endividamento e o crescimento do negócio.

“Essa prática de dividendos sinaliza a postura da empresa atualmente. Não podemos nos esquecer que temos investimentos relevantes ainda por fazer, de mais de R$ 3 bilhões”, afirmou o executivo, em teleconferência de resultados. “Mas uma das questões que sempre temos que levar em consideração é a alavancagem.” 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Atualmente, a alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda, encontra-se em 3,8 vezes — e deve atingir o pico ainda em 2024, nas contas do CEO, e começar a cair já a partir do próximo ano.

Leia Também

Veja os destaques do balanço da Taesa no 1T24:

  • Lucro líquido regulatório: R$ 193,2 milhões (-10,3% a/a);
  • Lucro líquido IFRS: R$ 374 milhões (-3,3% a/a);
  • Ebitda regulatório: R$ 485 milhões (-7,1% a/a);
  • Margem Ebitda regulatória: 83% (-4,2 p.p. a/a);
  • Receita líquida regulatória: R$ 584 milhões (-2,4% a/a);
  • Receita líquida IFRS: R$ 731,3 milhões (+5,5% a/a);

As units da Taesa (TAEE11) operaram em queda na bolsa brasileira nesta quinta-feira (9). Os papéis caíram 2,36%, e estavam sendo negociados a R$ 34,81. No ano, a desvalorização acumulada chega a 7%.

  • Já sabe onde investir agora que as empresas estão divulgando seus balanços do 1T24? Veja análises completas da Empiricus Research e saiba se você deve comprar, vender ou se manter neutro em cada uma das principais ações da bolsa. Clique aqui para receber os relatórios GRATUITOS.  

A nova política de dividendos da Taesa (TAEE11)

Para o exercício social de 2024, a proposta de distribuição de proventos da Taesa será de um payout de no mínimo 75% do lucro líquido regulatório.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Já a partir do ano que vem, a intenção da companhia é propor a distribuição de 90% a 100% do lucro líquido regulatório na forma de dividendos.

Vale destacar que a proposta não mexe na distribuição dos dividendos mínimos obrigatórios estipulada pelo estatuto social da companhia. Ou seja, os proventos anuais da Taesa devem sempre ser maiores ou iguais a 50% do lucro líquido IFRS do ano.

Na avaliação do CEO, a declaração dos dividendos de 75% do lucro líquido regulatório para 2024 é importante porque “indica que a empresa está preocupada com a alavancagem, já se preparando para um novo ciclo de crescimento”.

“A gente quer preservar uma possibilidade de captações bastante competitivas. Então a gente precisa equilibrar a visão de captações competitivas para poder participar de leilões e ter um crescimento, mas também continuar sendo uma empresa que faz pagamentos de dividendos compatíveis com a sua geração de caixa.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Questionado sobre uma potencial mudança da frequência de pagamento de proventos, o CEO afirmou que a Taesa pretende continuar a fazer trimestralmente indicações de propostas de distribuição de dividendos.

Vem captação pela frente

Além disso, segundo Rinaldo Pecchio Junior, o pagamento de 90% a 100% do lucro líquido regulatório a partir de 2025 não deve afetar a possibilidade de a Taesa participar de novos leilões regulatórios ou outras oportunidades de crescimento.

Afinal, diversas concessões da companhia vencerão em 2030 — por isso, será necessário compensar a perda da receita anual permitida (RAP) da transmissão.

“Hoje assumimos esse pagamento porque temos as condições necessárias para fazê-lo. Temos um compromisso de adequar as datas de pagamento para que consiga afetar o fluxo de caixa da menor forma possível, sempre prezando pela possibilidade de fazer pagamento com a disponibilidade do caixa. Havendo necessidade, a gente entende que ainda tem espaço para aumentar um pouco a alavancagem da companhia.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Porém, o CEO afirmou que existe a possibilidade de novas captações daqui para frente, desde que sejam adequadas para a estrutura de capital e nível de retorno esperados para os projetos.

“Eu não consigo antecipar o que vai acontecer. É possível que a gente vá a mercado dependendo dessas necessidades e também do ritmo dos desembolsos, além dos impactos de paralisações de projetos por órgãos federais como o Ibama.”

Mais proventos da Taesa (TAEE11)

A Taesa ainda aprovou o pagamento de R$ 144,9 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), equivalente a 75% do lucro líquido regulatório do primeiro trimestre de 2024.

A cifra equivale ao valor de R$ 0,14019 por ações da Taesa (TAEE3;TAEE4) e a R$ 0,42059 por unit TAEE11.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Vale lembrar que os JCP estão sujeitos à mordida do Leão, com retenção da alíquota de 15% de imposto de renda na fonte.

O pagamento acontecerá em 27 de junho de 2024. Para ter direito aos proventos, é preciso possuir papéis da Taesa até 13 de maio. A partir do dia 14, os ativos da elétrica passam a ser negociados “ex-direitos” e tendem a sofrer ajustes na cotação.

Isso significa que o investidor pode optar por adquirir ações e units da Taesa antes da data de corte e ter direito aos proventos, ou esperar pelo dia 14 e comprar os papéis por um preço inferior, mas sem poder receber os JCP.

O pagamento dos JCP eleva a distribuição de proventos da Taesa para R$ 763 milhões no acumulado de 2024 — equivalente a R$ 2,20 por unit TAEE11.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que dizem os analistas

Na avaliação da XP Investimentos, a mudança na política de dividendos da Taesa é uma “medida correta” por parte da administração da companhia, já que os números regulatórios estão mais próximos da geração de caixa do que o padrão contábil. 

Porém, os analistas acreditam que a ação pode ser penalizada na bolsa, uma vez que os números regulatórios devem ser menores nos próximos trimestres do que o IFRS. 

“Temos uma avaliação neutra do resultado da Taesa, uma vez que seus resultados operacionais vieram em linha com nossas expectativas. Não vemos nenhum gatilho para crescimento no curto prazo”, escreveram os analistas, em relatório.

A corretora possui recomendação neutra para a Taesa, com preço-alvo de R$ 36 por ação. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo o JP Morgan, já que o banco já previa um pagamento de dividendos mais baixo para 2024, a diferença de base de cálculo dos proventos não será significativa. 

Os analistas projetam um retorno com dividendos (dividend yield) de 8,3% para este ano, mas com risco de queda.

“O pagamento mais baixo em 2024 pode estar associado à elevada alavancagem e às necessidades de investimento no curto prazo. A empresa possui atualmente quatro linhas de transmissão em construção e reforços a serem feitos em outras quatro linhas, totalizando um capex estimado pela ANEEL de R$ 4,74 bilhões, mas já foram desembolsados R$ 1,87 bilhão”, afirmou o JP Morgan, em relatório.

O banco norte-americano possui recomendação “underweight” — equivalente à venda — para a Taesa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NOS PLANOS DA RJ

Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel

25 de novembro de 2025 - 12:32

A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo

PLANEJAMENTO 2026-2030

Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda

25 de novembro de 2025 - 6:09

A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado

FORA DAS FRONTEIRAS

Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique

24 de novembro de 2025 - 14:58

O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer

VEJA PREÇO

Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa

24 de novembro de 2025 - 10:48

A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora

SEM RELAÇÕES

Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM

24 de novembro de 2025 - 9:05

A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.

O INIMIGO AGORA É… O MESMO?

Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?

24 de novembro de 2025 - 6:01

Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre

COMPLIANCE ZERO

Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB

23 de novembro de 2025 - 9:53

Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades

NOVAS ESTIMATIVAS

Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra

22 de novembro de 2025 - 18:35

O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]

ENERGIA

Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%

22 de novembro de 2025 - 17:25

Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.

MAIS UM CORTE

Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo

22 de novembro de 2025 - 16:54

As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.

VENDAS FALSAS

BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema

22 de novembro de 2025 - 11:34

Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF

VENDA DE CARTEIRA DE CRÉDITOS

Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça

22 de novembro de 2025 - 10:55

Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB

VIAGEM NOTURNA

Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?

22 de novembro de 2025 - 9:45

Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita

VEJA OS DETALHES

Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027

21 de novembro de 2025 - 15:16

Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal

AGORA VAI?

Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja

20 de novembro de 2025 - 18:03

O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%

VEJA QUEM SÃO

Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”

20 de novembro de 2025 - 17:11

Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra

WHATSAPP DA LU

O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?

20 de novembro de 2025 - 14:25

O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores

VOCÊ SABIA?

5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia

20 de novembro de 2025 - 13:30

Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina

CHUVA DE PROVENTOS

Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos

19 de novembro de 2025 - 20:46

Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações

PARA CIMA

Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market

19 de novembro de 2025 - 19:54

Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar