De volta às origens: família Nordstrom vai privatizar rede de varejo de luxo em acordo de US$ 4 bilhões
Em tempos de menor demanda por produtos de luxo, a família fundadora da Nordstrom resolveu adquirir, ela mesma, a rede de lojas de departamento de alto padrão. O negócio será feito em parceria com o varejista mexicano Liverpool por quase US$ 4 bilhões, em um acordo totalmente em dinheiro.
Com isso, a empresa, então aberta, torna-se privada novamente. Em troca, os acionistas receberão US$ 24,25 por cada ação que possuírem, de acordo com comunicado feito pela Nordstrom nesta semana. O valor é maior que o ofertado anteriormente, em setembro, de US$ 23.
A família Nordstrom manterá a participação majoritária da empresa com 50,1%, enquanto os 49,9% restantes serão controlados pela El Puerto de Liverpool, a segunda maior rede varejista de departamentos do México.
“Por mais de um século, a Nordstrom tem operado com o princípio fundamental de ajudar os clientes a se sentirem bem e a terem a melhor aparência”, disse o CEO da Nordstrom, Erik Nordstrom, em um comunicado à imprensa. “Hoje marca um novo capítulo emocionante para o negócio. Em nome da minha família, estamos ansiosos para trabalhar com nossas equipes para garantir que a Nordstrom prospere por muito tempo no futuro.”
O acordo tem um valor empresarial de US$ 6,25 bilhões, incluindo dívidas, e deverá ser parcialmente financiado por até US$ 450 milhões em empréstimos sob um novo financiamento bancário baseado em ativos de US$ 1,2 bilhão.
A transação deverá ser concluída no primeiro semestre de 2025, disse a empresa.
Leia Também
Nordstrom: de volta para as mãos dos fundadores
Fundada como uma loja de calçados, m 1901 por John Nordstrom, bisavô do atual CEO e presidente, Erik Nordstrom, a rede se expandiu com o tempo a ponto de tornar-se uma varejista de luxo com mais de 350 lojas em todo EUA.
No entanto, a concorrência com vendas online, aliada com a inflação crescente no mercado americano, tem feito redes como Nordstrom e Macy's sofrerem (muito) nos últimos anos. No caso da Nordstrom, as ações caíram quase 70% de o pico histórico de valorização da empresa, em 2015.
Não à toa, a família Nordstrom tentou tornar a empresa privada em 2018, quando chegaram a ofertar US$ 50 por ação para comprar a empresa, que na época estava avaliada em US$ 8,4 bilhões. O conselho, no entanto, recusou a proposta.
Em setembro deste ano, a empresa tentou a manobra novamente, mas desta vez com o apoio da Liverpool para oferecer aos acionistas um acordo de US$ 23 por ação em uma avaliação de US$ 3,76 bilhões.
Na época da proposta, a família Nordstrom possuía cerca de 54,6 milhões de ações, ou 33,4% de participação na empresa. Liverpool possuía 15,8 milhões de ações, ou quase 10% das ações.
A ideia antiga de fazer da Nordstrom uma empresa privada vem da ideia de que, assim, a família fundadora poder fazer investimentos e mudanças de longo prazo sem a pressão dos acionistas por lucros trimestrais a qualquer custo.
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista