Caça às big techs? Apple é acusada de “liderança ilegal” no mercado de smartphones; entenda o processo que a dona do iPhone enfrenta nos EUA
A ação movida pelos reguladores norte-americanos busca três mudanças específicas — que têm poder de influenciar os negócios da empresa da maçã

A Apple caiu na mira dos reguladores dos Estados Unidos em um novo processo por suposto monopólio e abuso de poder contra as gigantes da tecnologia norte-americanas.
O Departamento de Justiça norte-americano (DOJ) e outros 16 estados abriram uma ação antitruste contra a fabricante de iPhones por supostamente violar as leis antitruste ao bloquear o acesso de rivais aos recursos de hardware e software do iPhone, segundo a Bloomberg News.
“A Apple manteve o poder de monopólio no mercado de smartphones não apenas por permanecer à frente da concorrência no mérito, mas por violar a lei antitruste federal”, disse o procurador-geral Merrick Garland, em entrevista coletiva.
“Monopólios como o da Apple ameaçam os mercados livres e justos nos quais se baseia a nossa economia. Eles sufocam a inovação. Eles prejudicam produtores e trabalhadores e aumentam os custos para os consumidores. Se não for contestada, a Apple apenas continuará a fortalecer o seu monopólio dos smartphones. Mas há uma lei para isso”, acrescentou.
A Apple negou as alegações e disse que o processo poderia capacitar o governo norte-americano “a exercer uma mão pesada no design da tecnologia das pessoas”.
“Acreditamos que este processo está errado nos fatos e na lei, e nos defenderemos vigorosamente contra ele”, disse a Apple, em comunicado.
Leia Também
Com o agro em crise, Banco do Brasil (BBAS3) dá início à renegociação de dívidas rurais
Esse é o maior processo antitruste recente do governo dos EUA contra as big techs — em uma série que já totaliza cinco ações judiciais.
Durante o governo de Donald Trump, o Departamento de Justiça e a Comissão Federal de Comércio (FTC) abriram investigações sobre Google, Facebook, Apple e Amazon.
Vale destacar que esse é o terceiro processo antitruste do Departamento de Justiça contra a Apple nos últimos 14 anos, mas é a primeira vez em que a fabricante do iPhone é acusada de manter ilegalmente sua posição dominante, segundo a Bloomberg.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
As acusações contra a Apple
O processo aberto nesta quinta-feira (21) alega que a Apple monopolizou ilegalmente os mercados de smartphones com termos contratuais.
O DOJ afirma que a companhia usou seu controle sobre o sistema operacional iOS para bloquear novos aplicativos inovadores e serviços de streaming em nuvem no iPhone, entre outras acusações.
A ação contra a Apple acontece depois de acusações de que a empresa teria infringido as leis antitruste e prejudicado a concorrência com termos restritivos da loja de aplicativos App Store, além da estratégia de “castelo murado” para hardware e software.
Segundo as acusações, a companhia controla rigorosamente e até restringe o modo como empresas terceirizadas podem interagir com os produtos e serviços da Apple.
O processo contra a Apple foi aberto no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Nova Jersey.
Vale lembrar que, atualmente, os produtos da Apple só permitem que usuários baixem aplicativos a partir da App Store.
Entretanto, a empresa cobra dos desenvolvedores de apps para iPhone um “imposto” entre 15% e 30% por qualquer qualquer produto digital vendido através de seus aplicativos.
Em meados deste mês, a companhia anunciou que passará a permitir que os desenvolvedores de software que usam a App Store da Apple passem a distribuir aplicativos diretamente de seus sites para usuários da União Europeia.
A decisão da Apple veio após o início da Lei dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia, que exige que a Apple ofereça lojas de aplicativos alternativas em iPhones, além de permitir que os desenvolvedores optem por não usar seu sistema de pagamento nos aplicativos.
Ainda na Europa, a empresa recebeu uma multa de 1,84 bilhão de euros (R$ xxx bilhões, nas cotações atuais) por impedir a concorrência de rivais de streaming de música por meio de restrições na App Store.
A Apple está recorrendo da penalidade, mas enfrenta mais escrutínio sob a Lei de Mercados Digitais do bloco.
O império da Apple
Uma das críticas sobre o monopólio da Apple é a restrição da empresa ao acesso a um chip no iPhone que permite pagamentos “contactless” (sem contato, em tradução literal).
Isso significa que os cartões de crédito só podem ser adicionados aos iPhones através do serviço Apple Pay, que pertence à própria fabricante.
As novas regulamentações na Europa forçaram a Apple a dar a outras empresas acesso ao chip de hardware tap-to-pay do iPhone, permitindo a criação de carteiras digitais concorrentes — mas apenas dentro do território europeu.
A empresa argumenta que restringe o acesso a alguns dados de usuários e à parte de hardware do iPhone por desenvolvedores terceirizados por razões de privacidade e segurança.
Outras críticas remetem ao serviço de mensagens iMessage. Os usuários do iPhone podem enviar fotos e vídeos de alta qualidade entre si, mas os arquivos multimídia para telefones Android são mais lentos e granulados.
No ano passado, a Apple disse que aumentará o padrão de qualidade para interações de texto em aparelhos Android.
O que o governo dos EUA pede
O processo do governo dos EUA contra a Apple busca três mudanças específicas — que têm o poder de influenciar os negócios da empresa.
O Departamento de Justiça norte-americano quer uma ordem judicial que impeça a Apple de usar sua loja de aplicativos para bloquear novos aplicativos inovadores.
Além disso, a ação pede que o tribunal bloqueie as restrições impostas pela Apple na integração de outros aplicativos de mensagens, smartwatches, carteiras digitais e outras tecnologias com o iPhone.
Por fim, o processo pede que a Apple seja impedida de usar os termos contratuais para “obter, manter, ampliar ou consolidar” o alegado monopólio da empresa.
*Com informações de CNN, Bloomberg e Reuters.
Petrobras (PETR4) assina acordo de equalização de Jubarte; valor devido à União é de R$ 1,54 bilhão
A estatal informou que as negociações com os parceiros do campo de Argonauta — Shell Brasil, Enauta (Brava) e ONGC Campos — ainda estão em andamento
Exclusivo: segunda instância deve confirmar decisão inédita que colocou a Oi (OIBR3) de cara com a falência
Decisão inédita que afastou toda a diretoria da Oi (OIBR3) deve ser mantida no Tribunal de Justiça do Rio; empresa tenta reverter medida que destituiu o conselho
O gigante acordou: a nova ‘arma secreta’ da Amazon na batalha do e-commerce brasileiro
Batendo de frente com Mercado Livre, uma nova funcionalidade da norte-americana tem potencial de fidelizar o cliente — apesar das margens baixas
Quer morar em uma base da Nasa? Governo dos EUA coloca imóvel com planetário e 25 telescópios à venda, mas o preço não é uma pechincha
Construída em 1963, a antiga base da Nasa na Carolina do Norte teve papel importante na Guerra Fria e agora está à venda por US$ 30 milhões (R$ 162 milhões)
Depois de anos de embate, Petrobras (PETR4) obtém licença histórica para perfurar Margem Equatorial
Após anos de disputa com órgãos ambientais e pressões políticas, estatal inicia perfuração em águas profundas do Amapá, em uma das regiões mais promissoras — e controversas — do país
Cogna (COGN3) é destaque no Ibovespa com alta de mais de 6% — e analistas ainda veem espaço para mais
Com alta de 210% desde janeiro, as ações da empresa conquistaram o posto de melhor desempenho na carteira do Ibovespa em 2025
Fleury (FLRY3) diz que negociações com Rede D’Or (RDOR3) continuam, mas ações caem na bolsa; qual a chance de um acordo?
Para o BTG, comunicação do Fleury reforça que conversas ainda estão de pé e que acordo é ainda mais provável
Isa Energia (ISAE4) confirma captação de R$ 2 bilhões em debêntures — mercado segue de olho na dívida da companhia
Recursos serão usados no reembolso de despesas de um projeto de transmissão elétrica; captação ocorre em meio ao avanço da alavancagem da companhia
Em crise, Invepar entrega controle da Linha Amarela no RJ ao fundo Mubadala para quitar dívidas e estende trégua com credores
Negócio marca mais um capítulo da reestruturação da Invepar, que busca aliviar dívidas bilionárias e manter acordos com credores enquanto o Mubadala assume o controle da Linha Amarela, no Rio de Janeiro
Temporada de balanços 3T25: confira as datas das divulgações dos resultados e das teleconferências
A apresentação oficial dos resultados das principais empresas listadas na B3 começa na quarta-feira (22), com a publicação do balanço da WEG
Ambipar (AMBP3) deve entrar com pedido de recuperação judicial na próxima segunda-feira (20), diz jornal
Proteção contra credores expira no fim da próxima semana. Pedido deve correr na Justiça do Rio de Janeiro
Petz (PETZ3) e Cobasi defendem fusão perante o Cade e alegam perda de espaço para marketplaces
CEOs das duas empresas participaram de audiência pública e defenderam que fusão representam apenas cerca de 10% de participação de mercado
Ambipar (AMBP3) chega a cair 17% e tem nova mínima histórica; companhia contratou consultoria financeira para avaliar o caixa
Preço das ações da empresa enfrentam trajetória de queda desde setembro, quando pediu proteção judicial contra credores
Nestlé: O que está por trás de demissão em massa de 16 mil funcionários
Entenda as razões por trás do plano de demissão anunciado nesta quinta-feira (16) e os impactos estimados para os investidores.
O segredo da empresa subestimada que caiu nas graças dos tubarões da Faria Lima e paga dividendos todo mês
As ações VULC3 estão ganhando o coração dos investidores com dividendos mensais e um yield de 8% projetado para este ano; agora, o UBS passou a cobrir os papéis e tem recomendação de compra
A inusitada relação entre Frozen, o PCC, o dono do Banco Master e o Atlético-MG
Um documento da CVM revelou que fundos com nomes inspirados em personagens da Disney estão no centro de uma teia de investimentos
Gestora do ‘Warren Buffet de Londrina’ aumenta participação em incorporadora listada na B3
A Real Investor atingiu uma participação de 10,06% na Even em meio ao anúncio da “nova poupança”, que tende a beneficiar empresas no setor de construção civil focadas em média renda
Exclusiva: Elo lança nova proposta de cartões com foco nos empreendedores e MEI. Confira a proposta para os clientes PJ
O portfólio repaginado conta com três categorias de cartões: Elo Empresarial, Elo Empresarial Mais e Elo Empresarial Grafite. Veja em qual você se encaixa.
Vítimas de metanol: o alerta que o caso Backer traz
Cinco anos após o escândalo da cervejaria em Belo Horizonte, vítimas seguem sem indenização
Com novas regras de frete grátis, Amazon (AMZO34) intensifica disputa contra o Mercado Livre (MELI34)
Segundo o Itaú BBA, a Amazon reduziu o valor mínimo para frete grátis de R$ 79 para R$ 19 desde 15 de agosto