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Ações da AES Brasil (AESB3) desabam mais de 20% na B3 antes da incorporação pela Auren. O que está por trás da queda?

AES Brasil (AESB3)

AES Brasil (AESB3)

Antes das luzes oficialmente se apagarem para a AES Brasil na B3 com a incorporação pela Auren (AURE3), as ações AESB3 atraíram os holofotes dos investidores na tarde desta segunda-feira (28) — e não por um motivo lá muito positivo.

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Pelo contrário, aliás. Os papéis da companhia de geração de energias renováveis desabaram 23,54% na sessão para as mínimas históricas, a R$ 8,80, e lideraram as quedas da bolsa brasileira hoje.

O tombo das ações acontece na semana de fechamento da combinação de negócios entre a AES e a Auren — que resultará no fim das negociações dos papéis AESB3 na bolsa a partir de quinta-feira (31).

Pelo calendário, os acionistas da AESB3 terão até esta terça-feira (29) para escolher uma opção de troca de ações em meio à fusão. 

Entre as possibilidades, os investidores podem optar por receber a quantia totalmente em dinheiro ou ainda uma parcela em caixa e outra parte em ações da Auren (AURE3) ao fim da operação. 

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Confira as opções:

No entanto, aqueles investidores que não se manifestarem até amanhã automaticamente acabarão com a Opção 1 — considerada a opção padrão.

Segundo fontes de mercado, a queda das ações da AES Brasil (AESB3) nesta segunda-feira sinaliza uma convergência dos papéis para a cifra implícita na Opção 1. 

Considerando as cotações das ações da Auren (AURE3) hoje, esta opção corresponderia a algo próximo de R$ 8,30 — isto é, apenas 5,6% abaixo das cotações de tela de AESB3 nesta tarde.

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Portanto, quem já é acionista da AES Brasil em tese não deveria se preocupar com a queda de hoje, já que pode ainda pode optar por vender os papéis para a Auren a R$ 11,84 (opção 3). O único risco seria o de uma reviravolta que levasse a um eventual cancelamento do negócio.

Além da fusão entre a AES Brasil (AESB3) e a Auren

Além da fusão com a Auren, o mercado ainda aguarda a divulgação do balanço da AES Brasil (AESB3) no terceiro trimestre nesta quarta-feira (30), após o fechamento dos mercados. Você confere a agenda completa de resultados do 3T24 aqui.

É importante lembrar que há alguns trimestres a empresa sente pressão sobre as finanças — especialmente devido à volatilidade da geração das energias renováveis.

Se por um lado a receita manteve ritmo de crescimento, por outro, a empresa continuou a registrar prejuízo no segundo trimestre de 2024. As perdas foram de R$ 108,7 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 35,9 milhões apurado no mesmo intervalo do ano passado.

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O custo da AES Brasil com energia, que considera encargos setoriais e de transmissão, também piorou 26,7% no comparativo ano a ano, somando gastos da ordem de R$ 313,8 milhões.

Enquanto isso, a geração total de energia caiu 17,9% em base anual, para 3,2 mil gigawatts-hora no segundo trimestre de 2024. 

Em meio a fortes secas e a condições climáticas cada vez mais adversas no país, a geração de energia hídrica da AES despencou 37% em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto a solar caiu 4,8%. 

O desempenho negativo mais do que compensou o avanço da geração eólica, de 32,2% entre julho e setembro na base anual.

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