A culpa é do petróleo… será? A razão para a queda das ações da Petrobras (PETR4) e o que esperar do balanço após os dados de produção do 1T24
Os papéis da estatal caem na B3 e arrastam os ativos das petroleiras juniores e o motivo dessa perda não é só o preço do petróleo no mercado internacional
A inversão de sinal dos futuros do petróleo, que passaram a operar em queda no mercado internacional, pressiona as petroleiras brasileiras. Petrobras (PETR4), Prio (PRIO3), PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3) operam em baixa — mas no caso da estatal, a queda da produção em base trimestral também pressiona os ativos.
A Petrobras produziu 2,776 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) entre janeiro e março deste ano — uma alta de 3,7% em termos anuais, mas uma queda de 5,4% em termos trimestrais.
Embora o mercado esteja castigando a produção entre os trimestres, o Citi diz que os números operacionais da Petrobras permanecem sólidos e em linha com o esperado pelo banco.
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A XP Investimentos, por sua vez, atribuiu a queda trimestral na produção da companhia aos preços mais baixos do diesel e a um volume de vendas menor.
Os analistas do Goldman Sachs também avaliaram a queda da produção da Petrobras em base trimestral. "A empresa associou o declínio sequencial na produção principalmente a um maior volume de perdas devido a paradas e manutenção, além do declínio natural dos campos maduros. Esses impactos negativos foram apenas parcialmente compensados pela aceleração da produção de novas unidades", disseram.
Por volta de 13h40, as ações PN (PETR4) caíam 1,00%, cotadas a R$ 41,73. Já as ON (PETR3) recuavam 1,62%, a R$ 43,85. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
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Desempenho financeiro: vem mais dividendo aí?
A Petrobras divulga no dia 13 de maio, após o fechamento do mercado, os resultados financeiros do primeiro trimestre.
A XP espera que a estatal reporte lucro líquido de US$ 4,9 bilhões, uma queda de 32,7% ante o mesmo período de 2023 e de 21% em relação ao quarto trimestre de 2023.
Apesar do recuo, a corretora diz a que a Petrobras deve gerar um bom fluxo de caixa livre, com previsão de FCFE de US$ 5,4 bilhões, impulsionado pelo cash-in de desinvestimentos.
A corretora prevê ainda uma queda na receita líquida de 12% em relação ao trimestre anterior, atingindo US$ 23,9 bilhões, e um Ebitda ajustado reportado de US$ 13,2 bilhões, recuo de 12% na comparação trimestral.
A XP ainda espera dividendos de US$ 3,2 bilhões, mantendo uma política de yield trimestral de 3%. Vale lembrar que a estatal liberou dividendos extraordinários na semana passada, depois de uma queda de braço entre o governo e os acionistas.
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Apesar dos preços mais baixos que o mercado internacional no primeiro trimestre, o Citi acredita que a Petrobras pode apresentar um bom resultado financeiro, apoiado por sólidos resultados operacionais e maior exportação de petróleo (+2,5% trimestralmente e -11,3% anualmente), com a China como o destino mais relevante (46% das exportações).
O Citi também espera um bom anúncio de dividendos ordinários referente ao primeiro trimestre. "Esperamos cerca de US$ 2,2 bilhões, implicando um dividend yield de 2%, o que poderia ser uma previsão conservadora", diz o banco.
O Goldman espera que a Petrobras anuncie US$ 2,6 bilhões em dividendos ordinários (incluindo recompra) junto com os resultados do primeiro trimestre de 2024.
O BTG Pactual projeta Ebitda de US$ 14,4 bilhões, uma queda de 4% trimestralmente devido ao declínio da produção no primeiro trimestre, e baixos custos de extração.
O banco espera ainda que a geração de caixa da Petrobras de US$ 7,9 bilhões resultará em um pagamento de dividendos de US$ 3,5 bilhões (yield de 3%).
“Mais importante ainda, pensamos que os investidores devem concentrar-se no investimento da empresa, pois pode fornecer uma boa indicação sobre se a Petrobras será capaz de cumprir a orientação anual]”, diz o BTG.
DIVIDENDOS EXTRAORDINÁRIOS da Petrobras (PETR4) LIBERADOS: veja datas
Comprar ou não comprar Petrobras agora?
O Goldman reiterou a recomendação de compra para Petrobras depois dos dados operacionais da companhia, mas segue elegendo a Prio como a preferida do setor devido ao potencial de valorização para o papel.
O preço-alvo para a ação preferencial (PN) da Petrobras, de R$ 43,90, representa um potencial de valorização de 4,2% sobre o fechamento de segunda-feira (29). A ação ordinária (ON) da Prio apresenta um potencial de valorização de 44%, com preço-alvo de R$ 71,40 na avaliação do banco.
O Bank of America tem recomendação neutra para Petrobras. “Uma agenda mais focada no crescimento em energias renováveis (gerando mais investimentos com menos retorno) e em fusões e aquisições traz alguns riscos para a tese de investimento da Petrobras”, diz o banco.
O Citi também manteve a indicação neutra para a estatal e coloca entre os riscos para a companhia a possibilidade de influência política e o risco-Brasil.
Já o BTG tem na Petrobras a principal escolha do setor de óleo e gás. “Na maioria das vezes, o ruído político cercará o caso de investimento da Petrobras, mas acreditamos que os investidores deveriam se fixar nos fundamentos do petróleo”, diz o banco.
“Com o aumento dos preços do petróleo, a produção de petróleo acima do valor de referência e o investimento potencialmente mais baixo, vemos um potencial positivo para as previsões de pagamento de dividendos”, acrescenta.
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