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Vendas de imóveis novos atingem maior patamar em dez anos com efeito Minha Casa Minha Vida

Obras de imóveis do projeto Minha Casa Minha Vida no estado de São Paulo Casa Verde e Amarela casa própria

Vista de construções para o programa Minha Casa Minha Vida.

Com a queda dos juros barateando os custos de financiamentos imobiliários e o incentivo do governo à habitação popular, especialmente por meio do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), as vendas de novos imóveis alcançaram o maior volume em 10 anos.

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Foram comercializadas 163,1 mil unidades no ano passado, alta de 32,6% ante 2022, de acordo com dados levantados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE).

O número é o maior desde o início da série histórica do indicador Abrainc-FIPE, que começou em 2014 e engloba os números de 20 empresas associadas à Abrainc.

"Frente a um desafiador início de ano no contexto macroeconômico, com repercussões em diversos setores, os ajustes nos indicadores econômicos e as melhorias substanciais no MCMV desempenharam papéis determinantes no bom desempenho do setor no último ano", afirma o presidente da ABRAINC, Luiz França.

Minha Casa Minha Vida é destaque de vendas

O volume de imóveis comercializados dentro do programa, que passou por uma "repaginação" nas regras para melhorar às condições de pagamento e abranger imóveis mais caros a partir de julho do ano passado, foi o grande destaque do período, com crescimento de 42,2%. Além disso, o segmento MCMV também teve um acréscimo de 39,3% no valor de venda dos imóveis lançados.

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"O bom resultado reforça a necessidade de manter regras estáveis para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário destinado à população de baixa renda, possibilitando a oferta de taxas de juros menores e parcelas acessíveis", diz a Abrainc.

Vale relembrar que o Supremo Tribunal Federal (STF) discute uma mudança no modelo de remuneração do FGTS. A proposta de equiparar o rendimento do fundo ao da poupança recebeu três votos favoráveis antes do julgamento ser suspenso por um pedido de vista, em novembro do ano passado.

"Acredito que, em função da importância social do programa, o tema será votado da maneira adequada para que mantenhamos os mesmos custos que temos hoje para os tomadores finais de crédito do Minha Casa Minha Vida", afirma França.

Por outro lado, outra mudança no FGTS deve melhorar as condições para o mercado residencial de baixa renda. O chamado FGTS Futuro prevê a incorporação de parcelas futuras nos financiamentos do MCMV.

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Para o presidente da Abrainc, a medida deve ser uma grande impulsionadora do segmento, aumentando a capacidade da pagamento de prestações de consumidores que atualmente ficam de fora das regras para os financiamentos.

França afirma que não há uma data para a implementação do FGTS Futuro, mas que tem visto "um trabalho muito forte do governo para que seja lançado o mais rápido possível".

Segmento de Médio e Alto Padrão lança menos imóveis, mas vendas crescem

Já o segmento de imóveis de Médio e Alto Padrão (MAP) apresentou um desempenho mais tímido, com queda de 38% nos lançamentos. Por outro lado, houve crescimento de 14% no volume de unidades comercializadas e de 18,9% no valor de vendas.

De acordo com França, todas as empresas associadas à Abrain têm capacidade financeira e terrenos para lançar mais, mas optaram aguardar o momento certo de mercado com preço e velocidade de vendas adequedas para acelerar os canteiros.

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Confira os destaques do indicador Abrainc-FIPE em 2023:

Fonte: Abrainc-FIPE
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