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CEO do JP Morgan não descarta pouso forçado da economia dos EUA, mas alerta para uma possibilidade ainda pior

James Dimon, CEO do JP Morgan

James Dimon, CEO do JP Morgan

A economia dos Estados Unidos tem surpreendido pelo forte ritmo de crescimento, apesar da política monetária restritiva aplicada pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). Quando o efeito dos juros altos alcançar toda a sua potência, porém, não se pode descartar um “pouso forçado” da economia dos EUA. A avaliação é do CEO do JP Morgan Chase, Jamie Dimon.

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Questionado sobre o tema em uma entrevista à CNBC, Dimon respondeu: “Poderíamos realmente ver um [pouso forçado]? Claro, como pode alguém que conhece a história dizer que não há chance?”

Os comentários foram feitos às margens do evento JP Morgan Global China Summit em Xangai.

No entanto, segundo o CEO do JP Morgan, existe uma possibilidade ainda pior para a economia norte-americana: um cenário de estagflação.

O que é estagflação

A estagflação se caracteriza pela ocorrência simultânea de inflação alta, crescimento econômico lento e nível elevado de desemprego.

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“Olho para uma gama de resultados e, mais uma vez, o pior resultado para todos nós é o que chamamos de estagflação, taxas mais altas, recessão”, disse Jamie Dimon.

Embora o Fed diga que a inflação ainda não está sob controle — e que o início dos cortes de juros talvez demore um pouco mais do que os participantes do mercado gostariam —, a economia segue forte e a taxa de desemprego é baixa nos EUA.

Na visão de Dimon, “o consumidor ainda está em boa forma”, mas o nível de confiança deles é baixo.

Quando o Fed vai cortar os juros?

Enquanto a maior parte do mercado preferiria ver o Fed iniciando o mais breve possível um ciclo de alívio monetário, o CEO do JP Morgan faz outro alerta.

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Talvez os juros ainda subam um pouco nos EUA antes de finalmente começarem a cair.

“Acho que a inflação é mais resistente do que as pessoas imaginam”, comentou.

Ainda segundo Dimon, “uma enorme quantidade de estímulo monetário ainda está no sistema e talvez ainda esteja conduzindo um pouco dessa liquidez” observada nos mercados.

“Embora as expectativas do mercado sejam muito boas, elas nem sempre são corretas.”

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De acordo com ele, o mercado tem errado "todas as previsões" referentes à inflação nos últimos anos.

"Por que ele estaria certo agora?"

*Com informações da CNBC.

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