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Semana de 4 dias de trabalho: o que deu certo e o que deu errado no teste-piloto no Brasil 

semana de 4 dias úteis no Reino Unido

Muitos brasileiros vão experimentar a semana de 4 dias úteis com o feriado do Dia do Trabalho nesta quarta-feira (1°). Mas essa modalidade de trabalho já é uma realidade para alguns trabalhadores há pelo menos 16 semanas.

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Para 280 funcionários de 22 empresas localizadas em cinco estados brasileiros, o teste-piloto da semana de 4 dias úteis se iniciou em janeiro — seja em toda a companhia ou em alguns departamentos específicos. 

Por aqui, todas as empresas participantes adotaram o dia de folga às sextas-feiras, com exceção dos feriados — que, para a maioria das companhias, é considerado o dia de folga.  

Mas como nem todas as empresas podem parar, algumas equipes foram divididas de tal modo que parte dos funcionários folgam às segundas-feiras e outra, às sextas-feiras. Isso sem reduzir os salários dos funcionários. 

Com detalhes à parte, os quatro meses iniciais do teste já começaram a dar resultados em solo brasileiro. Entre eles, a redução do estresse e da exaustão com o trabalho, melhoria na relação entre vida profissional e pessoal e a produtividade. 

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Vale lembrar que o experimento no Brasil termina em junho e é coordenado pela organização sem fins lucrativos 4 Day Week e organizado pela Reconnect Happiness at Work, em parceria da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Boston College. 

O que deu certo: resultados iniciais da semana de 4 dias

O relatório com os primeiros resultados da semana de quatro dias no Brasil apresenta uma série de benefícios observados nesses quatro meses de teste-piloto tanto para as empresas quanto para os trabalhadores. 

Bem-estar entre os funcionários, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, produtividade e permanência de colaboradores nas empresas foram os destaques. Vamos aos números:

Para as companhias: 

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Para os funcionários: 

Além disso, 56,6% dos participantes responderam que não estão mais frustrados como antes do início do teste-piloto e 28,6% dos funcionários não mudariam de emprego para trabalhar cinco dias por semana por salário nenhum.

Para este primeiro relatório, foram coletadas 205 respostas durante o mês de abril, o que representa que 71% dos participantes responderam ao questionário. 

O que deu errado

Ainda com base nos dados preliminares, um dos principais problemas enfrentados pelas companhias e, consequentemente, pelos funcionários participantes é a satisfação do cliente e o atendimento em cenários de equipe reduzida. 

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Outra dificuldade encontrada é manter a flexibilidade e relações humanizadas já existentes na empresa, aumentar a produtividade conseguindo manter pausas necessárias e tempo para a atenção às emoções, relações interpessoais e cuidado mútuo.

Além disso, há também quem deseja voltar ao modelo tradicional — o da semana de cinco dias úteis. 

Cerca de 23,3% dos entrevistados retomariam o modelo tradicional, desde que houvesse aumentos entre 26% e 50% nos salários. 

Já 36,8% dos entrevistados dizem que receber um reajuste salarial superior a 50% seria suficiente para que retornassem a trabalhar cinco dias na semana.

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Empresas participantes 

As empresas participantes possuem sedes em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Campinas e Porto Alegre e atuam no segmentos de saúde, jurídico, comunicação, tecnologia, alimentação e entretenimento.

Confira algumas empresas que estão no teste-piloto: 

Ao todo, 280 colaboradores com idades acima de 18 e acima de 50 anos participaram do projeto. Dentro deste número, 38,1% são homens e 59,3% mulheres. Já os modelos de trabalho em que atuam são 40,2% presencial; 34,4% remoto e 25,4% em modelo híbrido.

Por fim, outras duas pesquisas do teste-piloto devem ser divulgadas em breve: uma ao final da experiência em meados de julho e outra, um ano após a conclusão do projeto. 

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