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Por que as ações da Braskem (BRKM5) dispararam mais de 10% e lideraram as altas do Ibovespa na semana

Vista da então nova unidade da Braskem Petroquímica, em Paulínia, São Paulo. Petrobras (PETR3 e PETR4) e Novonor são as principais acionistas da Braskem (BRKM5) | Dividendos

Em uma semana de liquidez reduzida pelo Carnaval, que manteve a bolsa fechada por um dia e operando a "meio-pregão" na Quarta-Feira de Cinzas, uma disparada na última sexta-feira (16) levou as ações da Braskem (BRKM5) a conquistarem o título de maior alta do Ibovespa na semana.

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Os papéis subiram mais de 10% ontem em meio à especulação em torno da venda da participação da Novonor (ex-Odebrecht) na petroquímica.

Com isso, ficaram com a primeira posição na ponta positiva do índice e desbancaram outra companhia que também apresentou fortes ganhos nos últimos dias, a Usiminas (USIM5).

A siderúrgica aparece na segunda colocação do pódio com alta de quase 9% no período. Os ganhos foram impulsionados pela recuperação da cotação do minério de ferro — enquanto o mercado chinês ficou fechado para as comemorações do Ano Novo Lunar, a commodity ganhou fôlego na Bolsa de Cingapura.

Confira as maiores altas do Ibovespa na semana:

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AçãoVariação na semana
Braskem (BRKM5)+10,95%
Usiminas (USIM5)+8,94%
Alpagartas (ALPA4)+8,35%
PRIO (PRIO3)+7,18%
CSN (CSNA3)+6,97%
Fonte: Trading View

O que levou à alta da Braskem (BRKM5)?

A possível venda da fatia da Novonor na Braskem voltou à pauta do mercado nessa semana após o encontro do presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, com o CEO da Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc) — empresa interessada em entrar no capital da Braskem.

Os dois conversaram sobre a Braskem, além de oportunidades em gás offshore, refino e outras chances em petroquímica. 

A Petrobras é sócia da Novonor na companhia e, assim como a Adnoc, está fazendo uma due dilligence na petroquímica, para decidir se permanece ou não na companhia.

A Novonor controla a Braskem, com 50,1% do capital ordinário, e a Petrobras tem 47%. A estatal tem direito de preferência na compra da participação da Novonor e tem manifestado interesse em aumentar a posição no setor petroquímico. 

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Prates, porém, já afirmou que o setor não se limita à Braskem, mas ainda não decidiu se vai ficar na empresa. Segundo ele, são necessárias várias reuniões porque o assunto é extremamente complexo.

Vale relembrar que, em novembro, a petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos avaliou a participação da antiga Odebrecht em R$ 10,5 bilhões. Mas o assunto esfriou depois do agravamento do caso do afundamento dos bairros em Maceió, onde a Braskem mantinha uma operação de extração de sal-gema.

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As maiores quedas do Ibovespa na semana

Mas nem só de altas viveu a carteira do Ibovespa nesta semana. E o Carrefour Brasil (CRFB3) é quem puxou a fila das quedas, seguido de perto por Tim (TIMS3) e Rede D'Or (RDOR3).

As ações do varejista sofreram com a tensão dos investidores antes da divulgação do balanço do quarto trimestre de 2023, que deve ser publicado na próxima segunda-feira (19). A previsão do mercado é que a receita, o lucro e o Ebitda da companhia apresentem queda no período.

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Veja quem mais ocupou a ponta negativa do Ibovespa:

AçãoVariação na semana
Carrefour Brasil (CRFB3)-5,44%
Tim (TIMS3)-5,33%
Rede D'Or (RDOR3)-4,96%
Cyrela (CYRE3)-4,76%
B3 (B3SA3)-3,85%
Fonte: Trading View
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