O Pão de Açúcar (PCAR3) deu mais um passo para colocar a prateleira financeira em ordem e reforçou o caixa em R$ 704 milhões com uma oferta de ações.
O preço por ação saiu a R$ 3,20, o que representa um desconto de 3,90% em relação ao fechamento de ontem (R$ 3,33) e de 11% na comparação com as cotações de antes do anúncio da oferta (R$ 3,60).
O Pão de Açúcar poderia emitir entre 140 milhões e 280 milhões de papéis, dependendo da demanda do mercado. Mas acabou ficando no meio do caminho e no final lançou 220 milhões de novas ações.
A oferta vai diluir a participação dos acionistas que não colocaram dinheiro novo na companhia em 45%. Entre eles, o grupo francês Casino, que não manifestou a intenção de entrar na operação.
Assim, a fatia do grupo no capital da rede de supermercados deve cair de 41% para 22,5%.
Lembrando que o Casino já manifestou o interesse de se desfazer da participação no Pão de Açúcar e está em processo de reestruturação na França.
Pão de Açúcar (PCAR3): dinheiro novo para pagar dívidas
O Pão de Açúcar pretende usar o dinheiro da oferta de ações para reduzir a alavancagem financeira, com o pré-pagamento de dívidas.
A rede pretende inclusive usar o dinheiro para pagar compromissos com bancos que coordenam a oferta de ações, cujas dívidas representam mais de 20% (vinte por cento) do valor total.
A companhia não detalha quais dos bancos são credores, mas a oferta é coordenada por Itaú BBA, BTG Pactual, Bradesco BBI, J.P. Morgan e Santander.
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