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Dólar sobe a R$ 5,65: As falas de Lula sobre Campos Neto, Banco Central e a Selic que levaram a moeda ao maior patamar em 2 anos

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A mais recente sequência de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central levou o dólar a uma nova máxima nesta segunda-feira (1). 

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A moeda norte-americana subiu 1,15%, encerrando a sessão a R$ 5,6527 — o maior patamar desde 10 de janeiro de 2022, quando chegou à marca de R$ 5,6742. 

Nesta manhã, Lula aproveitou uma entrevista à Rádio Princesa para tecer novas críticas ao BC, ao presidente Roberto Campos Neto e à taxa básica de juros, a Selic.

“Quem quer o Banco Central autônomo é o mercado", afirmou Lula.

Lula ainda defendeu o direito dos presidentes da República de indicar os chefes da instituição monetária e voltou a dizer que teve um BC "independente" com o comando de Henrique Meirelles nos anos 2000. 

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As falas de Lula que levaram o dólar a R$ 5,65

Com tensões renovadas, o presidente também criticou novamente a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,50% ao ano na última reunião.

"O que você não pode é ter um Banco Central que não está combinando adequadamente com aquilo que é o desejo da nação. Nós não precisamos ter política de juro alto neste momento. A taxa Selic a 10,50% está exagerada", afirmou Lula, em entrevista.

Lula também argumentou que "a inflação está controlada" — o que sustentaria a tese do presidente de que os juros deveriam estar mais baixos. 

"A inflação baixa para mim não é um desejo, é uma obsessão", disse.

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Mais críticas a Campos Neto

O petista também voltou a soltar farpas e associar o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

"O Banco Central tem que ser de uma pessoa que seja indicada pelo presidente. Como é que pode um presidente da República ganhar as eleições e depois não poder indicar o presidente do Banco Central? Eu estou há dois anos com o presidente do Banco Central do Bolsonaro. Então, não é correto", reclamou.

"O que não dá é o cidadão ter um mandato e ser mais importante do que o presidente da República. É isso o que está equivocado", acrescentou.

Lula ainda afirmou ter "paciência" para "esperar a hora" de indicar um novo presidente para o Banco Central. 

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Relembrando, desde 2021, a lei de autonomia do Banco Central garante mandatos fixos ao presidente e diretores da autarquia de quatro anos, não coincidentes com o mandato do Presidente da República, com direito a uma recondução.

No caso de Roberto Campos Neto, esse prazo vence em dezembro de 2024 — e o economista já deixou claro que não tem a intenção de estender sua permanência como presidente do Banco Central até 2028.

"Vamos ver se a gente consegue, com a maior autonomia possível e decência política das pessoas, ter um presidente do Banco Central que olhe o Brasil como ele é e não do jeito que o sistema financeiro fala", afirmou Lula.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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