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Alta nos dividendos provoca disparada de 21% do HCTR11 em março; XPPR11 despenca e registra maior queda do IFIX no mês

Miniaturas de casas sobre moedas representando os fundos imobiliários | fundo imobiliário DEVA11 dividendos

Fundos imobiliários

Dois elementos comuns ao universo dos fundos imobiliários foram os responsáveis por definirem as maiores altas e quedas do IFIX neste mês: dividendos e uma possível operação de compra e venda de imóveis.

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O FII Hectare CE (HCTR11) disparou mais de 21% em março após anunciar, logo no início do mês, que distribuiria os maiores proventos em sete meses.

Já o XP Properties (XPPR11) tombou quase 10% no período. O mercado repercutiu a notícia de que os cotistas discutirão em breve a possível venda de um dos três ativos do FII de escritórios, o edifício Faria Lima Plaza.

Confira abaixo a lista de maiores altas do principal índice de fundos imobiliários da B3:

TickerNomeVariação
HCTR11Hectare CE21,5%
HTMX11Hotel Maxinvest18,28%
DEVA11Devant RI7,93%
SARE11Santander Renda de Aluguéis6,38%
SNFF11Suno Fundo de Fundos6,32%
Fonte: Broadcast

Veja também como ficou a ponta negativa do IFIX em março:

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AtivoNomeVariação
XPPR11XP Properties-9,94%
TORD11Tordesilhas EI-6,22%
BROF11BRPR Corporate Offices-5,28%
BRCR11BTG Pactual Corporate Office Fund-2,58%
VSLH11Versalhes RI-1,87%
Fonte: Broadcast

HCTR11 recupera cotações após aumentar dividendos

Um dos principais impulsionadores da performance do HCTR11 foi a notícia de que o FII distribuiria dividendos de R$ 0,388 por cota em 14 de março.

Vale relembrar que os proventos pagos pelo HCTR11 foram afetados por eventos de inadimplência no portfólio, incluindo títulos ligados ao grupo de turismo, hotelaria e multipropriedades Gramado Parks — acompanhe o caso.

Por isso, a soma anunciada animou os investidores: é a maior em sete meses e representa uma alta de 100% antes os menores proventos pagos pelo FII desde o início dos problemas com os calotes.

Mas vale destacar que o valor ainda fica cerca de 66% abaixo dos dividendos pagos pelo FII em janeiro de 2023, antes dos casos de inadimplência dominarem o noticiário.

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XPPR11 despencou após possível venda de ativo

Já o XPPR11 foi penalizado pela convocação de uma assembleia para discutir a possível venda do edifício Faria Lima Plaza.

O empreendimento é único da carteira que está localizado na cidade de São Paulo em uma região considerando premium para o mercado de lajes corporativas. Os outros dois ativos do FII ficam em Alphaville, Barueri — região que sofre com altas taxas de vacância.

A administradora e a gestora do XPPR11 convocaram uma assembleia geral extraordinária para debater a proposta recebida de outro fundo. O Capitânia Office ofereceu R$ 373,17 milhões por 75% de uma companhia em que o FII investe e por meio do qual detém uma participação de 30% no empreendimento.

Considerando que o XP Properties tem um saldo devedor de R$ 192,2 milhões em debêntures que lastreiam Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ligados ao prédio, o valor oferecido não irá todo para o caixa do FII.

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Além disso, caso a proposta seja aceita, uma parte do pagamento, ou cerca de R$ 40 milhões, também não será feita necessariamente em dinheiro, mas pode ser quitada com cotas de emissão do Capitânia Office.

A gestora do FII propôs que os cotistas aprovem a venda — confira aqui a análise da proposta. O resultado final da AGE será conhecido em 09 de abril, prazo máximo para a apuração da consulta formal aos mais de 54 mil cotistas do fundo.

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