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Em evento do Credit Suisse, Faria Lima ‘elege’ Tarcísio de Freitas presidente da República em 2026

Tarcisio de Freitas, governador de São Paulo

Tarcisio de Freitas, governador de São Paulo

Assim que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), entrou na sala onde seria entrevistado num evento do Credit Suisse nesta quarta-feira (1), logo foi interrompido antes de subir ao palco: um homem pediu para tirar uma selfie.

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No espaço lotado, faltou cadeira para quem queria ouvir o que Tarcísio tinha a dizer. A recepção contou com salva de palmas, que interromperam o painel mais algumas vezes durante os 35 minutos em que o governador esteve no ambiente.

Uma das pausas para aplausos aconteceu quando a economista-chefe do Credit Suisse para o Brasil, Solange Srour, fez a seguinte pergunta:

“O que vai vir em 2026? Todo mundo quer saber, governador.”

Tarcísio procurou ser evasivo na resposta. Não negou, nem confirmou que pretende se candidatar a presidente em 2026 — disse que não pensa no futuro e resolveu, então, relatar brevemente como se deu sua eleição para governador de São Paulo, por meio do apadrinhamento político do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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De acordo com Tarcísio, foi durante o leilão da Cedae, em 2021, que o ex-presidente lhe disse, pela primeira vez, que queria seu então ministro da Infraestrutura no comando do maior estado do Brasil.

“E aconteceu exatamente como ele falou que ia acontecer”, disse o governador.

Mas ele se disse focado em trabalhar por São Paulo e, como se ainda estivesse em campanha, listou uma série de promessas para atender aos interesses do Estado: resolver a Cracolândia, melhorar a educação e acabar com a fila de cirurgias eletivas, entre outras.

“Se a gente chegar ao final desses quatro anos com isso, a missão está cumprida”, afirmou, arrancando novos aplausos. No que depender da Faria Lima em fevereiro de 2023, Tarcísio já sai com vantagem para a próxima corrida presidencial do Brasil. 

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Tarcísio pode ser novo Doria?

Mas vale lembrar que o mercado financeiro tem mudado de ideia com alguma frequência nos últimos processos eleitorais.

Uma figura que recebeu amplo apoio quando se lançou à política foi João Doria, que se vendeu como gestor, e não como político, e levou a prefeitura de São Paulo em 2016.

Mesmo prometendo que não se candidataria ao governo do Estado e abandonaria o posto de zelador da maior cidade do País, Doria fez exatamente isso em 2018. E se elegeu novamente, dessa vez fazendo conchavo com o então candidato à Presidência Bolsonaro, o que resultou, inclusive, no termo “BolsoDoria”.

Mas a carreira meteórica de Doria no setor público terminou da mesma forma abrupta. Depois de romper com Bolsonaro em meio a discordâncias no tratamento da pandemia de covid-19 e arrumar briga dentro do próprio partido, Doria desistiu da pré-candidatura à Presidência em 2022 e abandonou a vida pública.

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Assim como Tarcísio, Doria também era ovacionado nos eventos do mercado financeiro e recebia palmas entusiasmadas de empresários. Resta saber se Tarcísio terá brilho próprio para se tornar um rival ao petismo nas próximas eleições ou se cairá no ostracismo sem o apoio de Bolsonaro.

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