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CEO do Itaú (ITUB4) fala sobre disputa entre Lula e presidente do BC: “é do jogo”

Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco

Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú Unibanco

O Itaú Unibanco (ITUB4) reuniu a imprensa para a primeira entrevista coletiva presencial sobre resultados desde a pandemia da covid-19. E, como não podia ser diferente, o CEO do banco, Milton Maluhy Filho, foi questionado sobre o tema do momento: as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

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Apesar do tempo distante dos jornalistas, Maluhy mostrou que sabe como lidar com um vespeiro político. Evitou falar diretamente da disputa e não tomou partido por nenhum dos lados.

“É do jogo que existam visões diferentes sobre o andar da economia”, afirmou Maluhy, durante a coletiva na manhã desta quarta-feira na sede do Itaú BBA, a unidade de atacado do maior banco privado brasileiro.

Seja como for, o CEO do Itaú deu uma perspectiva positiva sobre a equipe econômica. Para ele, é natural que durante a formação de um novo governo haja discussões sobre qual caminho seguir. Mas vê o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, "na direção correta".

Itaú prevê queda da Selic no segundo semestre

Apesar da sinalização mais dura do Comitê de Política Monetária (Copom) na última reunião, o banco prevê queda da Selic no segundo semestre, dos atuais 13,75% para 12,50% ao ano no fim de 2023.

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Maluhy afirmou que todos os contatos que o banco manteve até o momento com a equipe de Haddad foram positivos. Ele elogiou a iniciativa do ministro de atacar o déficit fiscal, e lembrou que o mercado reagiu positivamente quando houve o anúncio do plano.

Outra iniciativa na área econômica que Maluhy vê como fundamental é a reforma tributária, que o novo governo também estabeleceu como prioridade.

Meta de inflação

O CEO do Itaú entende, contudo, que o mercado espera passos concretos para tirar o ruído político das curvas de juros. Ele lembrou que as taxas de juros nos financiamentos a bancos e pessoas vêm principalmente das taxas futuras, formadas pelo mercado, e não pela Selic definida pelo Banco Central.

Por isso ele defendeu, por exemplo, uma definição sobre as metas de inflação para os próximos anos. "Quanto antes, melhor", disse.

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Isso porque a incerteza acaba gerando uma "desancoragem" da inflação, o que dificulta ainda mais o trabalho do Banco Central nas decisões sobre a taxa de juros.

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