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Repouso forçado: Como o adiamento da ida de Lula à China pode reacelerar a âncora fiscal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (e) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (d)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Entre um pouso forçado e um repouso forçado, nenhuma das escolhas é agradável. No entanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não teve opção.

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Diagnosticado com pneumonia e influenza A, Lula viu-se obrigado a atender à recomendação médica de repouso no último fim de semana de março.

Como os sintomas apareceram pouco antes do embarque do presidente para uma visita de Estado à China, o pouso do brasileiro em Pequim precisou ser adiado.

O repouso de Lula

No sábado (25), 84º dia de seu terceiro mandato, o Palácio do Planalto confirmou o adiamento por tempo indeterminado da visita de Lula a Xi Jinping.

Ainda não se sabe para quando ela será remarcada.

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No domingo (26), Lula passou o dia no Palácio da Alvorada sem receber visitas.

O cardiologista Roberto Khalil, médico de Lula, qualificou como “bom” o quadro geral do presidente.

De acordo com ele, dentro de 15 dias a um mês, Lula estará em condição de fazer qualquer viagem.

Haddad também ficou no Brasil

A ausência de Lula não impediu que a maior parte da comitiva de ministros, congressistas e empresários que o acompanharia seguisse viagem.

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Entretanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, decidiu ficar no Brasil. E a presença do ministro reacendeu a expectativa de que a regra fiscal elaborada pelo governo para substituir o teto de gastos seja finalmente apresentada.

Afinal, a apresentação da nova âncora fiscal atrasou justamente por causa da perspectiva da viagem à China.

Na avaliação do governo, não faria sentido Haddad apresentar a proposta e seguir viagem, deixando eventuais dúvidas sem resposta.

Ainda são necessários ajustes, mas agora Haddad pode concluir as negociações sem a concorrência de um tema tão importante quanto as relações entre o Brasil e seu principal parceiro comercial.

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Sem descanso para Lula

A recomendação médica para o presidente é de repouso, mas não será fácil descansar.

Para além da âncora, Lula tem dois assuntos urgentes para resolver.

No Congresso, um racha entre os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, coloca em risco o andamento da pauta do governo no Parlamento.

O outro é a indicação de dois diretores para o Banco Central, que amanhã divulgará a ata da última reunião de seu Comitê de Política Monetária (Copom).

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O documento é aguardado com apreensão depois do tom inesperadamente duro do comunicado divulgado pelo Copom ao término da reunião da semana passada.

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