Plano de Demissão Voluntária da Eletrobras (ELET3) pode destravar R$ 4 bi no mercado, mas outras empresas podem ‘encher’ o bolso dos investidores; entenda

Na manhã da segunda-feira (19), a Eletrobras (ELET3) anunciou seu novo Plano de Demissão Voluntária (PDV), que será lançado no dia 20 de junho. Esse é o segundo plano feito pela companhia desde sua privatização, ocorrida em junho de 2022.

A medida não é nenhuma surpresa para o mercado, pelo contrário, é um fato de bastante interesse para analistas financeiros que acompanham o case da elétrica de perto.

Em entrevista ao Giro do Mercado nesta segunda-feira, o analista da Empiricus Research Ruy Hungria, expert quando o assunto é a companhia, avaliou a reação do mercado e colocou na balança os ganhos que podem ser obtidos a partir do novo plano de demissão voluntária.

Para Hungria, o mercado não apenas esperava esse tipo de operação, como também é possível pensar em mais algumas sendo feitas no futuro. Isso porque a empresa está buscando se tornar mais rentável e lucrativa.

Embora ela já venha trabalhando nessas reduções desde sua privatização, ainda continua “inchada”, segundo o analista. 

No início do processo da privatização, a companhia possuía cerca de 12 mil funcionários. Agora, com esse novo plano, espera-se que ela chegue ao número de 7 mil funcionários.

“A grande história da Eletrobras é esse ganho de efetividade depois da privatização”, ressaltou Hungria durante a entrevista.

Um dos principais ganhos que a empresa pode ter a partir da adoção dessa medida é o da eficiência.

Por consequência, a redução dos custos e despesas operacionais agrega um valor “gigantesco” de mercado para a Eletrobras, visto que ela se torna mais rentável para os investidores, afirma o analista.

Agora você pode estar pensando: o que isso significa em valores práticos? A seguir, explico como isso afeta o seu bolso e por que cenário pode ser ainda mais animador.

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Eletrobras pode destravar até R$ 4 bilhões ao reduzir seus custos operacionais; entenda

Um dos exemplos usados pelo analista para explicar esse processo de “enxugamento” foi o caso da Cia Energética de São Paulo, Cesp. Após sua privatização, a empresa conseguiu em cerca de dois anos reduzir em até 50%  seus gastos gerenciáveis do setor (PMSO).

Para o analista, a Cesp pode ser usada como um balizador para entender o potencial da Eletrobras no seu processo, uma vez que, pelo tamanho da Eletrobras, pela sua escalabilidade e poder de diluição ser até maior que o da Cesp, é “totalmente alcançável” uma redução de 50%.

Atualmente, os gastos gerenciáveis (PMSO) da elétrica chegam a cerca de R$ 9 bilhões por ano. Uma redução dos gastos pode destravar um valor de até R$ 4 bilhões para a companhia.

Esse valor seria refletido diretamente no EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e na geração de caixa da companhia, o que por si só tem uma enorme geração de valor para a ação da empresa.

Após discorrer sobre todo esse arranjo, Hungria é claro:

“A medida que essas ações vão andando, a tendência é ver a ação ganhando tração e valor, sendo assim uma forte indicação para se investir dentro do setor.”

Bom, agora você deve estar se perguntando: então, a Eletrobras é a única grande aposta para buscar dividendos ‘gordos’ esse ano? Errado.

Para quem deseja buscar uma renda extra para complementar no orçamento ou investir em sonhos que geralmente são adiados pela falta de grana, a alternativa pode ser outra.

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Apesar do contexto ser favorável para uma valorização cada vez maior da Eletrobras, existe um fator determinante para quem busca renda extra hoje: o tempo.

Isso porque, por mais que a companhia esteja em um processo ascendente de valorização, ela pode demorar certo tempo para colher o fruto do seu empenho. 

Claro, isso não significa que a ação seja uma má aposta. Pelo contrário, a tendência é que a companhia continue crescendo.

O que na verdade poucas pessoas sabem é que existe uma estratégia na qual você pode buscar dinheiro todo santo mês na sua conta, sem que você precise esperar muito por isso. 

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