‘Mixaria’ de R$ 12 mil: presidente do BC está à procura de novo diretor, mas salário do cargo decepciona; entenda

O presidente do Banco Central está com uma série de problemas além de explicar porque a inflação ficou fora da meta em 2022.

Roberto Campos Neto está à procura de um nome para ocupar a diretoria de Política Monetária do BC a partir de fevereiro. Ele já sondou alguns executivos do mercado financeiro, mas por enquanto não obteve sucesso. 

Aparentemente, o presidente está com dificuldades de contratar executivos para esse cargo - e existem alguns motivos para isso: 

1. Questão política

O jornal Valor Econômico, por exemplo, cita que algumas recusas são devido à resistência de integrar a diretoria colegiada do BC em um governo petista por 4 anos. 

2. Questão econômica 

A dúvida sobre a política fiscal e o desafio de controlar a inflação também pesa sobre os ombros do cargo. Afinal, estamos falando da diretoria de Política Monetária, responsável por decisões que afetam toda a economia do país, em especial a definição dos juros.

3. Salário 

Outro fator - e talvez o mais importante - é o salário da posição, que é de “apenas” R$ 12 mil por mês. Vale lembrar que os executivos sondados estão entre as pessoas mais importantes do mercado financeiro, que certamente ganham muito mais que isso nos bancos que trabalham, como você confere a seguir.

R$ 12 mil não fazem nem cócegas: veja o quanto ganham profissionais do mercado financeiro

Trabalhos em bancos, corretoras ou instituições financeiras atraem cada vez mais brasileiros devido aos salários generosos. A depender da posição, as remunerações na Faria Lima, centro financeiro do Brasil, superam os R$ 10 milhões por ano.

Para você ter uma ideia, os 50 diretores do Santander (SANB11) no Brasil receberam, em média, R$ 10,35 milhões em 2021, segundo formulário de referência publicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

Um estudo divulgado em 2022 pela PageGroup, uma consultoria global especializada em recrutamento executivo, revelou que posições de liderança em grandes bancos, como Head de Risco de Mercado e Head de Accounting, Controladoria ou de Planejamento Financeiro chegaram a receber uma remuneração total de mais de R$ 800 mil no ano. 

Fazendo as contas, isso dá mais de R$ 66 mil por mês. Já imaginou ver esse valor mensalmente na sua conta bancária? Essa é a realidade do alto escalão do mercado financeiro. 

Já cargos abaixo na hierarquia também ganham salários considerados acima da média. Um levantamento feito pela Bloomberg Línea mostrou que o salário médio mensal (contando o bônus) pode passar dos R$ 7 mil para um analista júnior em instituições financeiras, dos R$ 9 mil para analista pleno e de R$ 15.300 para analista sênior. Gerentes de grandes instituições ganham até R$ 31 mil.

A posição de gestor de fundos também é cobiçada no mercado. Profissionais como esse são responsáveis pelo gerenciamento do patrimônio de um fundo de investimentos, e o salário pode chegar na faixa dos R$ 40 mil, além dos bônus de performance que podem ultrapassar os cinco dígitos. Veja alguns exemplos:

SAIBA COMO SE PREPARAR PARA TRABALHAR NO MERCADO FINANCEIRO

Com remunerações desse patamar, você pode imaginar por que o salário anunciado para diretoria de Política Monetária do Banco Central não agradou muitos executivos… 

O valor é considerado baixo para os padrões da Faria Lima, e, a não ser que a pessoa tenha um "pé de meia" e ganhe renda de outras formas, será difícil manter o padrão de vida na capital do Brasil.  

No entanto, para quem está em busca de emprego ou deseja mudar de carreira, a boa notícia é que o mercado financeiro pode ser um prato cheio de oportunidades. 

Além de bonificações atrativas, existe uma alta demanda por profissionais na área, o que torna otimista a expectativa desse setor para o ano de 2023. Veja a manchete abaixo: 

QUERO TRABALHAR NO SETOR COM OS MAIORES SALÁRIOS DO BRASIL

Demanda profissional no mercado financeiro cresce a cada ano; veja como se inserir nesse setor

A cada ano que passa, o interesse do brasileiro no mercado financeiro cresce. Em 2022, o Brasil alcançou a marca de 5 milhões de contas de investidores em renda variável. Para você ter uma noção, em 2018, esse número não passava nem de um milhão.

Já a quantidade de investidores em produtos de renda fixa passou de 9,6 milhões para 12,6 milhões, de acordo com levantamento realizado pela B3 complementar ao terceiro trimestre de 2022. O Tesouro Direto soma mais de 2,1 milhões de CPFs, com alta de 25% em relação ao 3º trimestre de 2021. 

Sabe o que tudo isso significa?

Cada vez mais brasileiros buscam oportunidades e diversificação de investimentos, seja em produtos de bolsa ou de renda fixa. E à medida que isso acontece, bancos e instituições financeiras buscam conquistar mais clientes e oferecer produtos mais sofisticados, o que aumenta a demanda do mercado por profissionais qualificados. 

É só fazer uma pesquisa rápida e você poderá ver diversas vagas no LinkedIn para trabalhar em bancos, corretoras, casas de research e outras instituições financeiras: 

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Mas, apesar da alta demanda, faltam profissionais para ocupar vagas nesse mercado

Como explica Juliana França, gerente da consultoria de RH Michael Page e Page Personne, "estamos vivenciando uma escassez de talentos em finanças. Temos muitas posições abertas e profissionais que não atendem aos requisitos", explicou em entrevista para a Bloomberg, em 2022.

Uma das principais razões disso é a falta de qualificação dos candidatos. Muitas vagas exigem certificados para exercer a profissão, como é o caso dos gestores de fundos, analistas e assessores de investimentos. 

Segundo a Anbima, associação que representa as instituições do mercado de capitais brasileiro, dos mais de 5 milhões de CPFs da Bolsa, apenas 214 mil profissionais possuem o "CPA 20", que é a certificação para vender produtos financeiros.

Enquanto pouco mais de 25 mil profissionais possuem o "CEA", que é a certificação dos assessores de investimentos, apenas cerca de 5 mil profissionais apresentam as duas certificações que habilitam a gestão de fundos de investimentos, que são a "CGE" e a "CGA".

É nesse contexto que a Empiricus, a maior casa de research do Brasil, em parceria com a FAAP, uma das instituições de ensino mais renomadas de todo o país, estão oferecendo uma formação completa para quem deseja conquistar uma profissão no mercado financeiro. 

Essa formação é composta por aulas sobre economia e finanças, tanto remotas quanto presenciais, na FAAP. O objetivo disso é que, ao final do curso, os alunos estejam preparados para conquistar as certificações mais importantes (CPA 20, CEA, CGE e CGA) para competir nas melhores vagas do setor.

Essa formação tem a duração de 12 meses, mas você já pode ter acesso às quatro aulas inaugurais gratuitas do curso. Para participar, é só clicar no botão abaixo e fazer o seu cadastro:

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Saiba mais sobre a formação da Empiricus e FAAP 

Nomeada como Formação Gestor de Fundos, os alunos deste curso terão aulas sobre finanças comportamentais, legislação, governança corporativa e algumas soft skills essenciais para se destacar nesse mercado.

Entre o quadro de professores estão Felipe Miranda e Rodolfo Amstalden, ambos economistas pela FEA e sócios-fundadores da Empiricus, o PhD em finanças Alexandre Aronne e também Rodolfo Olivo, doutor pela FEA e especialista em gestão de negócios.

A formação fornecerá livros e materiais complementares, e também vai exigir um projeto de conclusão, em que os alunos serão desafiados a criar seu próprio fundo de investimentos.

Embora seja recomendado, esse curso não exige ensino superior e qualquer um pode participar. Para mais informações, acesse o link abaixo.

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