FIIs: Lula define fim da isenção de dividendos; veja 5 fundos imobiliários fora do radar da Receita para investir

Na segunda-feira (28), foi publicada a Medida Provisória n.1.184/2023 que altera de forma parcial as regras de tributação dos fundos de investimentos no Brasil. Entre as mudanças, uma em especial chamou a atenção dos apaixonados por fundos imobiliários.

Segundo a proposta, a partir de 2024, os FIIs e Fiagros (fundos imobiliários do agronegócio), deverão ter no mínimo 500 cotistas para ter direito à isenção de tributação dos proventos. A regra atual, garante o benefício fiscal com apenas 50 investidores. 

Caio Araujo, analista da Empiricus Research, especialista em fundos imobiliários, explica que a Medida Provisória faz parte de um “pacote” de propostas tributárias enviadas pelo Governo ao Congresso que irá atingir 40% dos fundos imobiliários listados em bolsa.

A notícia deixou muitos investidores apreensivos, afinal, ameaça a estratégia de receber “aluguéis” sem Imposto de Renda por meio dos fundos imobiliários. 

Contudo, o analista aponta que, no final das contas, a MP pode ser benéfica para alguns fundos imobiliários e, consequentemente, para os investidores. 

Nesse sentido, Araujo selecionou 5 fundos imobiliários que estão fora do radar da Receita Federal e que podem gerar retornos para os investidores em setembro. 

O que muda na regra do jogo para os FIIs com a nova MP? 

O especialista em fundos imobiliários da Empiricus Research aponta que, antes da MP publicada na última segunda-feira (28), já existiam algumas exigências para que os dividendos dos FIIs tivessem direito à isenção.

Por exemplo, o fundo imobiliário deveria distribuir semestralmente 95% dos lucros e ser negociado em bolsa. No caso dos investidores, estes não poderiam ter mais que 10% das cotas do FII. 

Além dessas, o número de cotistas também entra como pré-requisito para a isenção. Essa foi a única regra que mudou com a medida provisória. Como disse anteriormente, o mínimo de cotistas passou de 50 para 500, o que ainda é um número bem restrito.  

Segundo Caio Araujo, essa regra não impacta tão diretamente o investidor pessoa física. Ele explica que, na prática, os ativos que vão ser atingidos pela nova regra são fundos familiares e em alguns casos FIIs que exercem uma estratégia específica dentro de outros fundos imobiliários. 

O analista cita ainda que dos 100 ativos que compõem o Ifix, índice que reúne os maiores fundos imobiliários da bolsa, nenhum conta com menos de 500 cotistas.

Assim, embora a ideia de uma possível tributação dos dividendos dos fundos imobiliários possa ter acendido o alerta dos investidores, na prática, a pessoa física não é o “alvo” na MP. 

Ao contrário, a visão do analista é que a nova regra pode trazer benefícios para quem investe nesses ativos. 

MP pode ‘subir a régua’ no mercado de fundos imobiliários 

O analista aponta que a medida provisória acabou impondo uma barreira maior para novas estratégias com FIIs e até mesmo gestoras, que muitas vezes oferecem uma distribuição menor de proventos. 

Ele acredita que esses novos FIIs terão maior dificuldade para captar clientes nesse primeiro momento. Com isso, fundos imobiliários maiores, já estabelecidos e com boa liquidez, tendem a se beneficiar. 

Nesse cenário, o analista acredita que o investidor pode aproveitar o momento para investir no setor. Em entrevista ao Giro do Mercado, Araujo voltou a recomendar o XP Malls (XPML11).

O fundo investe em shopping centers em diferentes regiões do Brasil e conta com mais de 300 mil cotistas. Para se ter uma ideia, no ano, este fundo já valorizou mais de 16%. 

Contudo, o especialista em fundos imobiliários da Empiricus Research, acredita que ainda há uma defasagem no valor das cotas do ativo que torna o investimento interessante. 

Na estimativa do analista, este fundo imobiliário ainda pode entregar 15% de retorno nos próximos 12 meses, considerando valorização e dividendos. 

Por outro lado, o XPML11 não é o único fundo imobiliário recomendado por Caio Araujo. Todos os meses, o analista atualiza o portfólio com os 5 fundos imobiliários com maior potencial de entregar retornos aos investidores nos próximos 30 dias. 

A carteira recomendada pelo analista foi criada em março de 2023 e, desde então, ela já superou o Ifix em 4 meses, além de ter alcançado um retorno 63% maior que o do índice.

CORTESIA: OS 5 MELHORES FUNDOS IMOBILIÁRIOS PARA INVESTIR EM SETEMBRO

Gratuito: confira 5 fundos imobiliários com dividendos isentos de tributos para buscar retornos em setembro

A medida provisória vai impactar os proventos de cerca de 40% dos fundos imobiliários listados em bolsa. Mas para quem segue as recomendações do especialista em fundos imobiliários da Empiricus Research, isto não será um problema. 

Segundo o analista, todos os fundos selecionados contam com mais de 500 cotistas, logo, você não precisa se preocupar com a tributação dos proventos. 

Desta vez, Araujo está apostando mais uma vez em 5 fundos imobiliários escolhidos estrategicamente para buscar retornos acima da média.

Além dos dividendos, você tem a oportunidade de buscar lucros com a valorização das cotas.

Nas indicações para setembro você encontra: 

• Um fundo de shopping com potencial de retorno de 17,6%, somando valorização e proventos;
• FII que pode distribuir R$ 19,4 milhões em proventos, o equivalente a R$ 0,92 por cota; 
• Um fundo de lajes corporativas com 9,4% de upside e potencial de 8,2% de proventos nos próximos 12 meses;
• FII de papel com dividend yield de 9% estimado para 2023.

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