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Isabelle Santos
Isabelle Santos
Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.
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‘Disputa’ entre Gleisi Hoffmann e Haddad pode fazer Campos Neto ‘puxar o freio mão’ no Copom? Saiba como investir neste momento

Enquanto integrantes da equipe econômica temem o fim antecipado do ciclo de queda de juros, investidores têm a chance de continuar buscando retornos de até 1% ao mês

Isabelle Santos
Isabelle Santos
12 de dezembro de 2023
16:00 - atualizado às 15:49
Gleisi Hoffmann e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores -

Às vésperas da última reunião do Copom, o mercado aguarda por mais um corte de 0,50 p.p. na taxa básica de juros, a Selic. Contudo, começa a circular a ideia de que o presidente do BC, Campos Neto, pode reduzir o ritmo do afrouxamento monetário no ano que vem.

Nas últimas semanas o mercado vinha projetando uma Selic a 9% em 2024. Entretanto, de acordo com o Boletim Focus divulgado na segunda-feira (11) as expectativas foram ajustadas para uma taxa de juros de 9,25% ao ano

Mas, se a inflação está desacelerando e o real tem se valorizado frente ao dólar, qual seria o motivo para o Banco Central reduzir o ritmo de cortes? 

O que está no radar do BC para as próximas reuniões?

Um dos principais motivos para que o Banco Central possa optar por reduzir ou mesmo encerrar o ciclo de corte de juros é a meta de déficit fiscal em 2024.

Recentemente, Campos Neto, declarou que “é importante fazer o dever de casa, passar uma mensagem de consolidação fiscal”, ressaltando que o governo precisa se esforçar para cumprir a meta de déficit zero

Contudo, o cenário é de divergência entre a equipe econômica do governo e lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT), com relação ao cumprimento da meta fiscal no ano que vem. 

Na avaliação da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, o governo não deveria se preocupar com o resultado fiscal de 2024, fazendo um déficit de 1% a 2%. 

Hoffmann e outros membros da cúpula do partido acreditam que aumentar os gastos do governo pode resultar em um crescimento da economia. Consequentemente, um PIB (Produto Interno Bruto) maior. 

Por outro lado, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia que abandonar a meta e gastar mais pode não ser a melhor estratégia. Além disso, pode representar o risco de que o Banco Central interrompa a queda dos juros com a Selic ainda em dois dígitos

Apesar do Boletim Focus apresentar uma expectativa de juros a 9,25% em 2024, integrantes do Ministério da Fazenda apontam que uma parte do Comitê de Política Monetária do BC preferiria interromper o ciclo de quedas em 10% ao ano

Este cenário mantém aberta a oportunidade para os investidores continuarem buscando retornos de 1% ao mês em uma categoria de títulos premium

Conheça 4 ativos para buscar lucros se os juros caírem menos que o esperado

Nas últimas semanas, a Bolsa brasileira entrou em um sequência de altas. Motivada não só pela melhora do cenário internacional, como também pela queda da inflação e expectativa de juros a 9% ao ano em 2024. 

Entretanto, não dá para prever que os ativos de risco vão se manter no mesmo ritmo positivo. Isto é, caso a Selic caia menos do que o esperado. 

Por outro lado, se o Banco Central decidir encerrar o ciclo de juros com a Selic em torno de 10% ao ano, pode ser positivo para os ativos de renda fixa.  

Por esse motivo, os investidores não deveriam abandonar a renda fixa ainda, pois boas oportunidades podem continuar surgindo. 

Para se ter uma ideia, ainda é possível encontrar alguns títulos com retorno de 1% ao mês.

Mas, é claro que, para isso, o investidor precisa selecionar os ativos adequados para cada momento. Ou seja, não dá para comprar qualquer título de renda fixa. 

Nesse sentido, os analistas da Empiricus Research selecionaram quatro ativos com retorno de até IPCA + 9,40% em um prazo médio de de 3 anos

 (Fonte: Empiricus Research)

São ativos “premium” que podem se beneficiar do fim do ciclo de corte de juros com a Selic a 10% e continuar pagando prêmios superiores ao Tesouro Direto, CDBs e Letras de Crédito. 

A boa notícia é que o Grupo Empiricus está oferecendo o relatório em que revela as quatro recomendações de forma gratuita. 

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