Zaporizhzhia, a maior usina nuclear da Europa, sempre esteve no centro da guerra na Ucrânia — despertando temores de que o conflito possa ganhar contornos atômicos com implicações globais. Nesta terça-feira (29), a planta voltou ao foco das atenções depois do mais recente contra-ataque de Kiev sobre as forças de Vladimir Putin.
As forças armadas ucranianas ganharam uma posição segura na região sul de Zaporizhzhia, onde avançam em direção à segunda linha de defesa da Rússia.
Mais cedo, o Estado-Maior de Kiev disse que suas forças "alcançaram sucesso... dentro das fronteiras recapturadas" e estavam atacando alvos inimigos detectados com artilharia, bem como realizando medidas de contra-bateria.
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As 90 explosões de Putin
Putin, no entanto, não assistiu a essa avanço de braços cruzados. A região de Zaporizhzhia foi bombardeada mais de 90 vezes pelo exército russo nas últimas 24 horas.
Segundo relatos do chefe da administração militar regional, Yuriy Malashko, 30 povoados foram alvos dos 91 ataques russos e 49 infraestruturas acabaram sendo danificadas.
A reação veio depois que, na segunda-feira (28), a Ucrânia informou que suas tropas conseguiram um importante avanço em Zaporizhzhia ao libertarem a aldeia de Robotyne, nas proximidades de Orikhiv.
A área fica bem próxima de Tokmak, um município considerado fundamental para abrir caminho até o Mar de Azov e dividir os soldados russos.
A Rússia não confirmou o avanço ucraniano. Em comunicado, o Ministério da Defesa da Rússia disse que as tropas de Moscou repeliram os ataques das forças de Kiev perto de Robotyne e Verbove.
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Ucrânia rompe a linha mais difícil da guerra
A Ucrânia acredita que seus combatentes romperam a linha mais difícil das defesas russas no sul e que agora começarão a avançar mais rapidamente.
As tropas de Kiev iniciaram a contraofensiva no início de junho e agora se deslocam para o sudeste de Robotyne e para sul da vizinha Mala Tokmachka.
As forças ucranianas também estão combatendo as tropas russas no leste da Ucrânia e o progresso tem sido mais lento do que era amplamente esperado porque encontraram vastos campos minados e trincheiras russas.
Além disso, os homens de Volodymyr Zelenski continuam a avançar sobre o sul de Bakhmut, uma cidade que foi devastada com a capturada pelas tropas russas em maio, após meses de combates ferozes.
*Com informações da Reuters e do Independent