Todas as vezes que o presidente russo, Vladimir Putin, sentiu-se encurralado na guerra na Ucrânia, ele lançou mão de uma arma para deixar qualquer um de cabelo em pé: a nuclear. E, dessa vez, não é diferente — embora o passo dado nesta sexta-feira (9) seja mais concreto.
Em março, Putin anunciou um acordo para implantar armas nucleares táticas em Belarus. Acontece que o líder russo vem usando a retórica atômica sempre que se vê em desvantagem na guerra na Ucrânia.
Só que agora a história é para valer. O próprio Putin anunciou hoje que a Rússia começará a implantar tais armas depois que as instalações de armazenamento especial em Belarus estiverem prontas — algo que deve acontecer nos dias 7 e 8 de julho.
O movimento é significativo não só por se tratar de uma nova ameaça nuclear batendo na porta, mas também por se tratar da primeira movimentação internacional de ogivas por Moscou desde a queda da União Soviética.
Putin justifica a ação com a implantação de armas nucleares táticas pelos EUA em vários países europeus ao longo de muitas décadas.
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EUA… e China de olho em Putin
A implantação das armas nucleares está sendo acompanhada de perto pelos EUA e aliados — o que já era esperado.
Mas uma parceira importante — embora informal — de Putin nessa guerra também está olhando com muita atenção para essa movimentação: a China.
Pequim nunca manifestou publicamente seu apoio à Rússia na guerra na Ucrânia, mas tem sido uma fonte financeira para manter os homens de Putin no front de batalha.
Só que nem mesmo a China quer ver um conflito nuclear. Repetidamente Pequim advertiu os russos sobre o uso de armas atômicas no conflito.
Os EUA criticaram a implantação nuclear de Putin, mas disseram que não têm intenção de alterar sua posição sobre armas nucleares estratégicas e também não viram nenhum sinal de que a Rússia esteja se preparando para usar uma arma nuclear.
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Ucrânia reage ao seu modo
Enquanto Putin coloca os planos táticos nucleares em prática, a Ucrânia reage. Kiev lançou ataques blindados contra forças russas entrincheiradas — especialmente no sudeste de Zaporizhzhia e no leste de Donetsk.
Os ataques ucranianos com blindados e unidades treinadas pelo Ocidente marcam o que deve ser a fase inicial de uma ofensiva destinada a expulsar as forças russas de cerca de 20% do território ocupado na Ucrânia.
De acordo com especialistas, os ataques sugerem que Kiev avança para o sul em direção ao Mar de Azov — uma manobra para cortar uma ligação entre a Rússia e a Crimeia ocupada.
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*Com informações da CNN