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Nem dólar nem yuan: países do sudeste asiático lançam alternativa às moedas das maiores economias do mundo para pagamentos internacionais

Símbolo da Asean, bloco de economias do Sudeste Asiático, que quer escapar da dominância do dólar e yuan como moeda de trocas internacionais

Símbolo da Asean, bloco de economias do Sudeste Asiático, que quer escapar da dominância do dólar e yuan como moeda de trocas internacionais

A dominância do dólar no comércio internacional está longe de ficar ameaçada. Porém, os movimentos internacionais em economias periféricas mostram que, cedo ou tarde, a majestade da moeda pode perder a coroa.

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Depois de o Mercosul e os BRICS levantarem a bola de uma alternativa ao dólar americano, foi a vez da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês) buscar alternativas locais. 

O grupo composto por Indonésia, Malásia, Filipinas, Singapura, Tailândia, Brunei, Vietnã, Laos, Mianmar e Camboja pretende aumentar a coesão monetária do bloco por meio de um sistema de pagamento digital utilizando carteiras virtuais.

O mecanismo lembra muito o sistema de wallets utilizado em transações com criptomoedas via blockchain. Entretanto, não ficou claro se a tecnologia será usada nesse caso específico. 

O sistema da Asean já está sendo utilizado na Indonésia, Malásia, Tailândia e Singapura. Há uma expectativa de que ele comece a funcionar nas Filipinas em pouco tempo. 

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Integração monetária do sudeste asiático? Nem tanto

Essa nova facilidade não usará uma moeda comum entre os países, como seria o caso do sur, o equivalente ao “peso real”, proposto pelo governo argentino — muito menos ao euro. 

Os pagamentos transfronteiriços ocorrerão nas moedas locais de cada país e serão liquidados por meio dessa carteira digital, que funciona como uma conta bancária. 

As tarifas de transação e taxas de câmbio são determinadas após acordo com os respectivos Bancos Centrais de cada país.

A ideia é intensificar as transações entre os países, otimizando o turismo na região e garantindo o acesso de cidadãos com baixo poder aquisitivo — que muitas vezes não tem conta em banco — ao sistema financeiro. 

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Problemas de uma integração sem moeda comum

A ideia pode parecer inovadora, mas existem algumas questões que ficam no radar do projeto.

Uma delas é a de que a ausência de um referencial comum tende a fortalecer a moeda de uma economia mais resiliente — no caso do sudeste asiático, o dólar de Singapura e o baht tailandês são algumas delas.

Assim, uma dessas moedas pode acabar se tornando uma reserva de valor em detrimento das outras e se tornando um padrão da região — favorecendo o país emissor em detrimento dos demais. 

Por que não usar o yuan como moeda de troca internacional?

Uma das alternativas encontradas pelos países em crise com o dólar — como é o caso da Argentina — é justamente o uso do renminbi, ou yuan, como é conhecida a moeda da China. 

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O país vem incentivando o uso da versão digital do yuan, chamado de e-CNY, nas transações internacionais.

Porém, os países da Asean não querem trocar a hegemonia norte-americana pela chinesa e buscam uma alternativa própria para seus problemas de trocas internacionais.

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