Se alguém achou que o grupo Wagner estaria fora de combate após o motim fracassado liderado por Yevgeny Prigozhin, se enganou. Os mercenários estão mais vivos do que nunca e colocam a Europa toda em alerta máximo.
Mais de 100 membros do grupo que estavam em Belarus estão se aproximando da fronteira com a Polônia.
Em entrevista coletiva neste sábado (29), o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, afirmou que os mercenários estão bem perto de Suwalki Gap, um trecho estratégico do território polonês situado entre Belarus e Kaliningrado, um território russo separado do continente.
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Por que a Europa está em alerta?
Embora tenha obtido avanços significativos lutando ao lado da Rússia na guerra da Ucrânia, o grupo Wagner está longe de ser uma força militar que ameace diretamente a Europa.
A grande questão é que a Polônia é um membro tanto da União Europeia (UE) como da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Um dos pilares da aliança desenha para proteger a Europa é o famoso “mexeu com um, mexeu com todos” — que é mais do que um lema, é uma regra da Otan. Caso algum de seus membros seja invadido, todos os outros devem defender o parceiro.
Não é à toa que um dos gatilhos para a invasão russa tenha sido a intenção da Ucrânia de fazer parte da Otan, deixando Vladimir Putin praticamente cercado por membros da aliança próximos tanto também dos EUA.
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Wagner, uma preocupação antiga da Polônia
A Polônia tem se preocupado com sua segurança em relação a Belarus, aliada da Rússia.
Esses temores aumentaram desde que os mercenários do Wagner chegaram a Belarus após a insurgência do grupo contra o governo de Putin.
Mas a verdade é que a fronteira da Polônia com Belarus é um lugar de tensão há alguns anos, quando um grande número de imigrantes do Oriente Médio e da África começou a chegar à região buscando entrar na União Europeia.
*Com informações do The Guardian e da Associated Press