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Entenda o que fez o dono da Dior e Louis Vuitton ficar quase R$ 30 bilhões mais rico em um só dia

Bernard Arnault , CEO da holding de marcas de luxo LVMH e o quarto homem mais rico do mundo em 2019

Bernard Arnault , CEO da holding de marcas de luxo LVMH

Dono de marcas de luxo como a Louis Vuitton e Dior, o francês Bernard Arnault ficou US$ 5,8 bilhões (R$ 29,3 bilhões) mais rico nesta terça-feira (10) — e tudo graças à valorização das ações da LVMH em reação ao balanço do terceiro trimestre.

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Os papéis do império francês fecharam em alta de 3,21% na bolsa de valores de Paris, negociados a 733,50 euros.

Com os ganhos de hoje, o “Lobo de Cashmere” atualmente conta com uma fortuna de US$ 191,3 bilhões (R$ 966,83 bilhões), segundo a Forbes. No acumulado do ano, a riqueza do bilionário cresceu US$ 2,7 bilhões, de acordo com a Bloomberg. Confira aqui os detalhes de como Arnault se tornou a segunda pessoa mais rica do planeta.

É importante destacar que o patrimônio do CEO da LVMH é constituído principalmente por participações em empresas. Isso significa que, quando os papéis sobem na bolsa, o patrimônio do executivo é fortemente impactado. E vice-versa.

Então, do mesmo modo que a fortuna do dono da Louis Vuitton pode disparar bilhões de dólares de um dia para o outro, ela pode derreter na mesma proporção. 

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Além de Bernard Arnault, confira a lista dos homens mais ricos do mundo:

PosiçãoNomeFortuna (US$)Mudança no ano (US$)
1Elon Musk US$ 238 bilhões+US$ 101 bilhões
2Bernard ArnaultUS$ 165 bilhões+US$ 2,7 bilhões
3Jeff BezosUS$ 152 bilhões+US$ 45 bilhões
4Larry EllisonUS$ 125 bilhões+US$ 33,2 bilhões
5Bill GatesUS$ 124 bilhões+US$ 15 bilhões
6Larry PageUS$ 124 bilhões+US$ 40,7 bilhões
7Sergey BrinUS$ 117 bilhões+US$ 37,9 bilhões
8Warren Buffett US$ 116 bilhões+US$ 8,05 bilhões
9Mark ZuckerbergUS$ 115 bilhões+US$ 69,7 bilhões
10Steve BallmerUS$ 115 bilhões+US$ 29 bilhões

Fonte: Bloomberg Billionaires Index

Por que as ações da LVMH, dona da Dior, sobem hoje?

A LVMH divulgou nesta terça-feira os números de receita do terceiro trimestre deste ano — e, ao que parece, o dragão da inflação global decidiu guardar no próprio ninho as bolsas de grife e o champagne.

Dona de marcas como Louis Vuitton, Dior, Tiffany e Bulgari, a LVMH atingiu 19,96 bilhões de euros em receita (US$ 21,16 bilhões), equivalente a um aumento de apenas 9% no comparativo anual, eliminados os efeitos das flutuações cambiais e das aquisições. 

É importante destacar que a holding francesa registrou um crescimento mais lento de receita no período. 

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“Depois de três anos estrondosos e excelentes, o crescimento está convergindo para números mais alinhados com a média histórica”, disse Jean-Jacques Guiony, diretor financeiro da LVMH.

A desaceleração segue o arrefecimento da onda de gastos pós-pandemia devido à crescente inflação pelo mundo.

Para o diretor financeiro da LVMH, existe uma desaceleração na procura de bens de luxo nos Estados Unidos e na Europa.

A divisão de moda e artigos de couro, que incluem a Louis Vuitton e a Dior, registrou um crescimento de vendas de 9% no período.

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Por sua vez, a unidade de vinhos e bebidas teve uma queda de receitas de 14% durante o trimestre devido à menor procura de champanhe no período.

Além disso, os resultados da companhia francesa sofreram um impacto cambial pior que o esperado, segundo Jean-Jacques Guiony. Isso porque as vendas da LVMH nos EUA valeram menos quando convertidas de volta para a moeda nacional. 

O grupo de luxo manteve as projeções (guidance) inalteradas para o próximo ano, ainda que não divulgue as metas específicas.

“A LVMH recorrerá às suas marcas poderosas e ao talento das suas equipas para fortalecer ainda mais a sua liderança global no mercado de bens de luxo em 2023”, afirmou a empresa.

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Na visão de Leonardo Otero, sócio-fundador da Arbor Capital, o crescimento menor de receita da LVMH também acontece porque a empresa de Bernard Arnault já vinha de uma base de comparação forte, uma vez que a companhia viu a receita crescer 19% no terceiro trimestre de 2022 frente ao ano anterior.

*Com informações de Reuters.

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