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Cerco aos titãs de Wall Street: o próximo passo do Fed para evitar uma nova crise bancária e que derrubou as bolsas em Nova York

Próxima Vítima de Jerome Powell quem é o PacWest Bancorp, banco que está na na corda bamba

A vida dos titãs de Wall Street deve ficar mais difícil em breve. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está prestes a fechar o cerco às maiores instituições financeiras dos EUA para evitar que uma nova crise atinja o setor em cheio.

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Na esteira das turbulências que resultaram na quebra de pelos menos três bancos regionais norte-americanos, reguladores confirmaram nesta quinta-feira (27) um conjunto de propostas que endureceria as exigências de capital e liquidez sobre os grandes bancos do país. 

As medidas estão sendo avaliadas pela Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), em parceria com Federal Reserve (Fed) e o Escritório do Controlador da Moeda (OCC, na sigla em inglês).

Que normas são essas?

Durante reunião aberta hoje, dirigentes da FDIC informaram que as normas se aplicariam apenas às instituições com mais de US$ 100 bilhões em ativos e com significativa atividade de negociações nos mercados. 

Atualmente, as diretrizes mais rígidas valem principalmente para bancos de porte muito robusto, com mais de US$ 700 bilhões em ativos.

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Entre os principais pontos das propostas, os reguladores querem impedir que os bancos usem modelos próprios para definir as obrigações mínimas de capital a que estão sujeitos. 

Para as autoridades, esse foi um dos principais aspectos que levaram ao colapso do Silicon Valley Bank (SVB), que teria aproveitado brechas na regulação para omitir os problemas.

O presidente da FDIC, Martin Gruenberg, informou que as novas normas exigiram ainda que bancos com mais de US$ 100 bilhões em ativos incluam as perdas não realizadas nos cálculos regulatórios. 

Segundo ele, as propostas são consistentes com as reformas de Basileia III e visam melhorar a resiliência do setor bancário. 

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Vale lembrar que Basileia 3 é um conjunto de regulamentos bancários internacionais que busca promover a estabilidade no sistema financeiro global, com foco na redução dos danos causados por bancos que assumem muitos riscos. 

Com a palavra, o Fed

O vice-presidente de Supervisão do Fed, Michael Barr, defendeu hoje a aprovação da proposta para elevar as exigências de capital dos titãs de Wall Street. 

Barr disse que episódios deste ano — sem citar diretamente, ele remetia à quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e de outros bancos menores — deixaram claro que bancos com níveis inadequados de capital "são vulneráveis" e podem causar contágio, o que "ameaça a estabilidade do sistema bancário e prejudica famílias e empresas". 

Ontem, o presidente do BC dos EUA, Jerome Powell, foi questionado sobre a saúde dos bancos norte-americanos. Falando durante coletiva após decisão de política monetária, o chefão do Fed voltou a afirmar que o sistema financeiro do país é sólido e resiliente. 

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“Estamos observando de perto o que acontece com os bancos regionais, mas, ao que parece, os recentes acontecimentos são desdobramentos dos problemas do início do ano”, afirmou Powell na ocasião, referindo-se à fusão entre o Pacwest e o Banc of California no dia anterior

A reação em Wall Street

Assim que a notícia de que uma regulação mais dura aos grandes bancos norte-americanos se tornou pública, Wall Street reagiu — mal.

Os três principais índices da Bolsa de Valores de Nova York chegaram às mínimas intradiárias, sentindo também o peso dos resultados corporativos. 

O Dow Jones, por exemplo, chegou a cair mais de 250 pontos, interrompendo uma sequência de 13 ganhos consecutivos. O S&P 500 e o Nasdaq perdiam menos, à medida que os investidores obtiveram alguns lucros em ações importantes de tecnologia, como Microsoft e Apple.

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