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Biden expulso da Casa Branca? Os riscos que o presidente dos EUA corre com a investigação do impeachment

O presidente dos EUA, Joe Biden, sentado e apoiado em uma mesa, com uma caneta na mão, pensativo

O presidente dos EUA, Joe Biden

Ao autorizar formalmente a investigação sobre o presidente norte-americano, Joe Biden, os republicanos da Câmara dos Deputados dos EUA deram início ao processo de impeachment do democrata — e pará-lo pode ser difícil. 

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Em três das quatro vezes anteriores em que a Câmara deu esse passo, os deputados acabaram optando pelo impeachment. A única vez que isso não aconteceu foi porque Richard Nixon renunciou antes que a votação pudesse ser realizada.

No curto prazo, a ação da Câmara dá às comissões de investigação mais poder para solicitar documentos e testemunhos e para os juízes fazerem cumprir esses pedidos. 

A Casa Branca, que citou a falta de uma votação formal como motivo para se recusar a fornecer algumas informações, pode agora ser obrigada a cumprir esses pedidos.

Em última análise, essa votação poderia abrir caminho para que os republicanos da Câmara, apesar da estreita maioria, se mantivessem unidos e apoiassem o impeachment em algum momento no início de 2024.

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Mas nem tudo está perdido para Biden

Especialistas dizem que se os republicanos centristas nos distritos eleitorais vencidos por Biden em 2020 sofrerem o golpe político por iniciarem a investigação, poderão concluir que é melhor levá-lo até ao fim.

O fim na Câmara, pelo menos. A questão passaria então para o Senado controlado pelos democratas, onde é necessária uma maioria de dois terços para condenar e destituir um presidente.

Essa é uma linha que nunca foi ultrapassada por um presidente na história dos EUA — e alguns republicanos expressaram preocupação de que a votação de quarta-feira (13) possa ser outra indicação de que o processo de impeachment não terá força para avançar. 

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O relógio da eleição nos EUA

As investigações vão acontecer em um momento no qual o relógio avança em direção às eleições presidenciais marcadas para novembro de 2024.

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Uma investigação formal de impeachment, com audiências públicas, que leve a uma votação na Câmara e a um julgamento no Senado tem o potencial de se tornar uma grande dor de cabeça para Biden no meio de uma campanha eleitoral. 

Se conseguirem vincular as negociações comerciais e conduta pessoal de Hunter Biden ao presidente, os republicanos terão o potencial de prejudicar a posição do candidato democrata à reeleição junto dos eleitores norte-americanos.

E isso pode acontecer mesmo que os republicanos continuem a não ter quaisquer provas conclusivas que liguem Biden aos delitos e ao mau comportamento do filho.

As acusações contra o presidente dos EUA

Os republicanos acusam Biden de ter usado sua influência quando era vice-presidente de Barack Obama (2009-2017) para permitir que seu filho Hunter fizesse negócios na China e na Ucrânia.

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"Joe Biden mentiu repetidamente ao povo norte-americano", acusou o chefe do comitê de investigação da Câmara, James Comer.

A resposta do presidente foi imediata: "Em vez de fazerem seu trabalho, decidem perder tempo com essa artimanha política infundada que até os republicanos no Congresso reconhecem que não é apoiada por fatos", reagiu Biden, minutos após a votação.

Horas antes, Hunter deu uma entrevista coletiva em que negou as acusações contra seu pai. "Permitam-me dizer o mais claramente possível: meu pai não participou financeiramente dos meus negócios", disse ele perante o Congresso.

Hunter admitiu que cometeu erros, mas acusou os trumpistas de tentarem desumanizá-lo para prejudicar seu pai. 

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*Com informações da BBC e da AFP

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