A Americanas (AMER3) pagou o saldo devido ao fundo imobiliário RBR Log (RBRL11), que tinha em seu portfólio um galpão que era alugado pela varejista. O anúncio foi feito em comunicado enviado ao mercado nesta quarta-feira (08).
Recapitulando, o FII e a empresa em processo de recuperação judicial formalizaram no mês passado o fim da locação do Galpão Hortolândia II.
Entretanto, na ocasião, os termos acertados previam uma multa por rescisão antecipada que foi calculada em R$ 2,09 milhões e deveria ser paga pela companhia.
O contrato ainda incluia outras penalidades que representaria um impacto positivo nas receitas do RBRL11 ao longo do ano.
Mas, segundo um comunicado do começo do mês, a varejista não depositou a parcela de julho — e já não é a primeira vez que a empresa atrasa pagamentos a fundos imobiliários.
A BRL Trust, administradora do fundo, ainda destaca no comunicado que “a gestora e a Americanas reafirmaram o compromisso para que os futuros pagamentos ocorram nas respectivas datas pactuadas para tanto”.
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Nova locatária — e os velhos problemas da Americanas
É importante relembrar que, apesar do impasse, o fundo imobiliário já substituiu a varejista por uma nova locatária: o ativo é ocupado por uma empresa de logística desde junho. O contrato tem prazo de 60 meses.
E o RBRL11 não foi o único FII penalizado pela recuperação judicial da Americanas. A blindagem das dívidas da varejista já afetava fundos imobiliários de renda urbana e logística, além dos relacionados a shoppings.
A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro após serem encontradas “inconsistências contábeis” bilionárias no balanço da varejista. Por decisão da Justiça, a empresa teve suas dívidas suspensas.
Em cifras da época, a companhia devia R$ 11,6 milhões aos shoppings espalhados por diversas regiões do Brasil.