Cercado por jornalistas, representante do comitê das Americanas fala pouco e revela menos ainda sobre investigação de rombo
O processo de investigação, que já era complexo, se tornou ainda mais difícil devido ao “ambiente de litigiosidade” na Americanas, disse o advogado Otávio Yazbek
Primeiro nomeado para formar o comitê independente que tem a missão de investigar o rombo bilionário da Americanas (AMER3), o advogado Otávio Yazbek ficou cercado por jornalistas durante evento do Credit Suisse nesta quarta-feira (1).
Mas, enquanto respondia a questionamentos dos repórteres sobre a quantas anda a investigação dentro da varejista, Yazbek mostrou que o media training está em dia. Isto porque ele conseguiu o feito de falar pouco e dizer menos ainda.
Questionado, por exemplo, sobre o prazo da investigação, disse que ele não existe e citou algumas etapas para que se chegue a algum avanço.
“O processo foi estruturado com metodologia própria. Montar um plano de trabalho, fazer os mapeamentos. Tem que pensar no grupo de trabalho, enxergar qual é o tamanho dos desafios”, disse Yazbek. O advogado e ex-diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) disse que não podia informar o que foi feito até o momento.
A empresa anunciou a formação do comitê independente logo após a revelação do rombo contábil, no início de janeiro. Além de Yazbek, ele contava com Vanessa Lopes, membro independente do conselho de administração da Americanas e do comitê de auditoria, e com Pedro Melo, diretor-geral do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).
Poucos dias depois, Melo foi trocado por Eduardo Flores, professor doutor do Departamento de Contabilidade e Atuária da FEA/USP.
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Americanas: ambiente de litigiosidade
Yazbek também relatou que o processo, que já era complexo, se tornou ainda mais difícil devido ao “ambiente de litigiosidade”.
Vale lembrar que, desde que o rombo bilionário da Americanas veio à tona, alguns dos principais credores da companhia entraram com processos contra a empresa. O BTG Pactual, por exemplo, foi implacável até obter uma liminar para bloquear R$ 1,2 bilhão da Americanas.
Conforme as investigações cheguem a alguma conclusão, o comitê apresentará um relatório à Americanas e, talvez, a autoridades e à sociedade, segundo Yazbek.
Carta branca
Comissionado pelo conselho de administração da Americanas, o comitê tem carta branca para analisar tudo da companhia e tem pleno acesso aos documentos.
E cabe ao comitê coordenar tudo isso. Para tal, a equipe conta com a ajuda do escritório de advocacia Maeda, Ayres & Sarubbi Advogados e da EY para assegurar a integridade de documentos.
“O mais importante no nosso processo é assegurar que os documentos tenham valor para a informação que a gente está fazendo”, disse Yazbek.
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