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Oi (OIBR3) adia balanço do quarto trimestre, mas versão não auditada mostra R$ 3,2 bilhões em caixa

Fachada de loja da Oi (OIBR3), com o logo da empresa em amarelo sobre uma marquise verde

Fachada de loja da Oi

A Oi (OIBR3) adiou novamente a publicação de seu balanço referente ao quarto trimestre de 2022 de 26 de abril para 22 de maio. A companhia, que está em uma segunda recuperação judicial, afirma que seu status jurídico e as negociações com credores impactaram a elaboração das demonstrações financeiras.

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A publicação agora deve acontecer após a data prevista para a apresentação do novo plano de recuperação judicial. Diante deste fator, a tele publicou informações financeiras preliminares e não auditadas na última sexta-feira (21).

De acordo com o documento, a posição de caixa no fechamento do ano passado era de R$ 3,223 bilhões. O Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de rotina foi de R$ 320 milhões no quarto trimestre do ano passado e chegou de R$ 2,148 bilhões no acumulado de 2022.

A receita líquida consolidada, por sua vez, ficou em R$ 2,618 bilhões no último trimestre do ano passado, e em R$ 12,490 bilhões no acumulado do ano. Os dados de receita, assim como os de Ebitda, dizem respeito somente à operação brasileira da tele.

"A Oi ressalta que tais informações são preliminares e ainda não foram concluídos os trabalhos conduzidos pela administração e pelos auditores independentes da companhia", diz a companhia em comunicado.

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Como a Oi (OIBR3) voltou à recuperação judicial

No início de fevereiro, a justiça fluminense aceitou um pedido feito pela empresa de telefonia para proteger-se de seus credores. Concedida em caráter liminar, a proteção tinha validade de 30 dias. No início de março, a Oi formalizou o pedido de recuperação judicial.

Os argumentos apresentados na formalização do pedido de recuperação judicial eram parecidos com os da requisição de tutela cautelar. A Oi afirma estar em busca de sustentabilidade de longo prazo e informa que as negociações com os credores seguem em andamento.

Também qualifica a nova recuperação judicial como um passo crítico na direção da reestruturação de sua dívida e assegura que suas atividades serão mantidas normalmente.

De acordo com a empresa, já há um acordo com os credores em relação aos "principais termos comerciais para a restruturação de suas dívidas financeiras e um financiamento de longo prazo a ser concedido para suportar suas operações de curto prazo".

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Vale relembrar que a Oi entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2016. Complexo, o processo arrastou-se por seis anos e bateu alguns recordes.

Em meados de dezembro de 2022, quando a recuperação judicial foi formalmente encerrada, um novo horizonte parecia se abrir para companhia de telecomunicações. Entretanto, um mês e meio depois, a Oi apresentou o pedido de tutela cautelar para proteger-se dos credores.

Com R$ 35 bilhões em dívidas, aventa-se ainda o risco de a empresa ser colocada sob intervenção direta da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

*Com informações do Estadão Conteúdo

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