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O preço da fake news com Warren Buffett: IRB (IRBR3) vai pagar US$ 5 milhões por informação falsa

Tela de celular mostra logotipo do IRB Brasil RE com gráfico ao fundo

Qual é o valor de uma informação falsa? Para o IRB (IRBR3) o preço será salgado: US$ 5 milhões ou R$ 25,2 milhões, no câmbio atual. A resseguradora informou nesta segunda-feira (24) que fechou um acordo com o Departamento de Justiça dos EUA para acabar com um imbróglio envolvendo a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett

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Fernando Passos, ex-vice-presidente de finanças e relações com investidores do IRB, teria plantado a história falsa de que a holding de Buffett investiu na resseguradora. 

O ex-CFO do IRB acabou sendo processado pela SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA sob a acusação de fabricar documentos e ordenar que eles fossem fornecidos à mídia, fazendo com que o IRB desse declarações falsas e enganosas diretamente aos investidores e para pelo menos um analista. 

Além do montante a ser pago, o acordo de hoje prevê ainda que o IRB coopere com o DOJ e aprimore suas práticas de controles internos, governança e conformidade, submetendo-se ao acompanhamento e reporte periódico por até três anos.

IRB: o efeito da fake news 

As ações do IRB dispararam em 27 de fevereiro de 2020, embaladas pela notícia de que a Berkshire teria aproveitado a baixa dos papéis para ampliar a participação na resseguradora.

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Na época, as ações acumulavam baixa de mais de 30% na esteira da informação de que a gestora Squadra estava operando vendida em IRBR3, visando obter lucro com a desvalorização do ativo.

A holding de Buffett negou a informação da compra no dia 3 de março, levando os papéis do IRB a uma queda de mais de 35%. 

Tinha mais por trás dessa história

Meses depois do ocorrido, em junho de 2020, o IRB informou que havia concluído uma investigação independente realizada pela KPMG pela Felsberg Advogados sobre a informações falsas relacionadas a base acionária da empresa. 

Além disso, de identificar os responsáveis pela disseminação da fake news, o IRB indicou que a nova diretoria da resseguradora encontrou irregularidades no pagamento de potenciais bônus a ex-diretor e outros colaboradores do IRB e suas controladas. 

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O montante identificado nos supostos atos corruptos que, de acordo com informações do Estadão na época, estariam ligados à venda de imóveis, era de cerca de R$ 60 milhões.

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