O pesadelo com a inadimplência ainda não acabou — e o Nubank pode surpreender (negativamente) no quarto trimestre
Nas estimativas dos analistas, o Nubank pode ver a sua inadimplência atingir a casa dos 7% — um crescimento de 0,30 pontos percentuais, contra a média de 0,10 p.p dos demais concorrentes do segmento.
Até mesmo a temporada de balanços corporativos das empresas da bolsa, marcado por suas tecnicidades e burocracias, tem as suas tradições. O calendário normalmente começa com a divulgação dos números dos grandes bancos — como a do Santander nesta quinta-feira (02) e Itaú Unibanco (ITUB3) e Bradesco na próxima semana.
Apesar da B3 contar com centenas de empresas listadas, algumas semanas são mais badaladas que outras, mas a revolução do sistema bancário nos últimos anos fez com que os resultados de pequenos e médios bancos costumassem ser um espetáculo à parte.
O roteiro é mais ou menos o mesmo, mas as particularidades importam. Enquanto no caso dos grandes bancos os analistas vasculham a sustentabilidade dos lucros bilionários e da rentabilidade, as linhas de deterioração e crescimento das carteiras de crédito são os números mais aguardados entre os pequenos e médios .
Depois de um ano complicado e que machucou muito a inadimplência — com forte avanço dos juros e queda na renda das famílias —, os analistas do Santander acreditam que o que se deve ver nos números do quarto trimestre é um forte crescimento da carteira de crédito aliado a uma deterioração mais controlada da inadimplência.
Nos cálculos de Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Rios, tanto o Nubank quanto o Inter devem ver a sua carteira de crédito com ganhos expressivos no comparativo anual — algo como 75% e 45%, respectivamente. Números muito mais agressivos do que os esperados para os mais tradicionais Banrisul (BRSR6) e Banco Pan (BPAN4), de 21% e 12%.
Com o crescimento diluindo o percentual total e uma aparente estabilização da piora da inadimplência, o banco de investimentos espera que os “calotes” cresçam em ritmo menos acelerado que o visto no trimestre anterior. Mas isso não significa que o pesadelo acabou.
Leia Também
Nas estimativas dos analistas, o Nubank pode ver a sua inadimplência atingir a casa dos 7% — um crescimento de 0,30 pontos percentuais, contra a média de 0,10 p.p dos demais concorrentes do segmento.
Mas você dificilmente verá um número semelhante no balanço da fintech. Isso porque o Nubank é o único banco a utilizar um sistema diferenciado para contabilizar o seu crédito perdido — aquele em que as chances de recuperação são baixíssimas.
Ao contrário da prática usual, a mesma utilizada pelos analistas do Santander para os cálculos, o Nubank passou a excluir da sua base inadimplente todos os contratos com atrasos superiores a 120 dias, enquanto outros bancos usam a janela de 365 dias.
No terceiro trimestre, o roxinho reportou que a inadimplência de 15 a 90 dias aumentou para 4,2%. Já os contratos com atrasos superiores a 90 dias aumentaram para 4,7%.
Na visão dos analistas, o BTG Pactual (BPAC11) deve ser o banco médio com os resultados mais sólidos, com uma receita de R$ 2,2 bilhões, uma queda na comparação trimestral, mas uma alta de 25% na base anual.
VEJA TAMBÉM - O escândalo Americanas acertou em cheio o Nubank: descubra por que o fundo de reserva de emergência da fintech chegou ao retorno negativo
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica