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‘Light (LIGT3) é o lobo mau vestido de vovozinha’, diz sócio de gestora com mais de R$ 36 bilhões em ativos

Eduardo Alhadeff, co-CIO da estratégia de crédito da Ibiuna Investimentos

Eduardo Alhadeff, co-CIO da estratégia de crédito da Ibiuna Investimentos

Há menos de um mês, a Light (LIGT3) seguiu o mesmo caminho da Americanas (AMER3) e proferiu uma das frases mais temidas — e, de uns tempos para cá, uma das mais recorrentes também — do mercado: devo, não nego, pago quando puder

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Em meados de abril, a companhia de energia entrou com um pedido cautelar na Justiça para se proteger contra os seus credores por um determinado período. A tutela tinha como objetivo blindar a empresa da execução de R$ 10,951 bilhões em dívidas.

Desse montante, R$ 6,8 bilhões (ou 62,5% do total devido) era proveniente de debêntures detidas por grandes gestoras de fundos de crédito e pessoas físicas.

O co-CIO da estratégia de crédito da Ibiuna Investimentos, Eduardo Alhadeff, afirmou durante o episódio #43 do Market Makers que a Light é “o lobo mau vestido de vovozinha”. 

Para o gestor, a empresa teria “nariz e orelha de lobo”, mas insiste em dizer que não está passando por uma recuperação judicial. Isso porque, em termos práticos, a Light não tem condições de pagar suas dívidas. 

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Para escutar a conversa na íntegra, basta dar play aqui:

Os riscos e ensinamentos da Light (LIGT3)

A Ibiuna é uma das maiores gestoras independentes de recursos do Brasil, e atualmente possui mais de R$ 36 bilhões em ativos sob administração. Apesar do extenso portfólio, a empresa não possui nenhum título da Light — e Alhadeff explica o porquê.

“A gente não tinha uma posição de Light porque achava que era uma tese de investimentos um tanto quanto complicada”, conta Alhadeff, em entrevista aos apresentadores Thiago Salomão e Renato Santiago.

Na visão do sócio-diretor da Ibiuna, a empresa apresentava “um monte de incertezas que a gente [a gestora] pensava ‘eu não acho que tô sendo bem pago para correr esse tipo de risco’”.

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“O problema é que acho que a empresa tomou uma decisão, no mínimo, precipitada de fazer essa ‘recuperação judicial que não é recuperação judicial’, falando de risco de corte de luz na área que ela atua que é uma falácia”, destaca Eduardo Alhadeff. 

Durante o podcast, o gestor da Ibiuna ainda abriu o jogo sobre a posição da gestora em títulos da Americanas (AMER3) durante a crise contábil na varejista.

Alhadeff também revelou os ensinamentos que conseguiu tirar das situações com Light e Americanas. 

“A grande lição é você ter tamanhos adequados para o risco que você está correndo. É importante você fazer essa análise de estresse e ter o tamanho adequado para essa posição”.

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Confira aqui o episódio completo: 

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