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Copel (CPLE6) deve economizar R$ 428 milhões com PDV mais forte que o esperado; vale a pena comprar a ação?

Funcionários da Copel

Funcionários da Copel

A Copel (CPLE6) anunciou nesta sexta-feira (20) os resultados do programa de demissão voluntária (PDV) iniciado após a privatização da companhia paranaense de energia.

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O plano de desligamento teve a adesão de 1.437 trabalhadores, com um custo estimado de R$ 441 milhões. O valor não considera multas do FGTS  (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) nem valores de subsídio de plano de saúde e vale alimentação.

O montante superou as expectativas iniciais da companhia, que inicialmente havia limitado o PDV ao orçamento de R$ 300 milhões em indenizações, sem considerar os gastos com multas e subsídios.

Se considerados todos os valores pagos aos funcionários, o custo total estimado do programa chega a R$ 610 milhões, que será reconhecido no exercício de 2023.

De acordo com a empresa, a economia anual estimada é de R$ 428 milhões a partir dos desligamentos, que devem ser realizados até agosto de 2024.

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Na visão da XP Investimentos, a notícia é positiva para a Copel (CPLE6) e sustenta a tese de investimento da corretora nas ações da companhia paranaense de energia.

“Os números alcançados neste plano de demissão voluntária foram fortes e mostraram que o potencial de economia de custos após a privatização é enorme, apesar dos cortes já feitos”, escreveu a corretora, em relatório.

Os analistas fixaram um preço-alvo de R$ 10 por papel, equivalente a um potencial de valorização de 20% para as ações.

O PDV da Copel (CPLE6)

Os trabalhadores da Copel (CPLE6) que aderiram ao programa receberão 30 salários como indenização pelo fim do contrato de trabalho.

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Cada empregado teve direito ao valor mínimo de R$ 150 mil, além de receber o pagamento de uma multa pela companhia de 40% do valor base para fins rescisórios do FGTS.

Após a demissão, o funcionário continua recebendo por 12 meses o pagamento mensal referente à mensalidade do plano de saúde e do auxílio alimentação.

Segundo a empresa, o desembolso de caixa da indenização e multa do FGTS será feito no momento do desligamento de cada empregado.

Como a adesão foi maior do que se esperava, para determinar os desligamentos que seriam efetivados, a ordem das adesões seguiu um ranqueamento decrescente da soma de idade e do tempo de empresa dos funcionários até atingir o limite financeiro e operacional estimado pela companhia.

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Vale ressaltar que, com o PDV, haverá a saída de funcionários de áreas que não devem exigir reposição e de divisões que poderão se valer de serviços terceirizados.

A gestão da Copel (CPLE6) após a privatização

O programa faz parte do plano de investimentos e geração de valor da Copel (CPLE6) após a oferta de ações (follow-on) que retirou o governo paranaense do controle da companhia de energia.

A nova gestão estratégica foca na criação de valor da companhia e na “melhoria de eficiência operacional”, segundo a empresa.

No primeiro encontro da companhia com investidores desde o follow-on, o diretor de relações com investidores (DRI) da Copel, Luiz Henrique De Mello, afirmou que a estratégia financeira após a privatização inclui uma forte redução de custos.

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De acordo com a companhia, o principal pilar da reestruturação é baseado nas “pessoas” — isto é, nos funcionários da empresa.

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