Site icon Seu Dinheiro

Braskem (BRKM5): Com dona da JBS na disputa, veja como estão as ofertas pela participação da Novonor na petroquímica

Site da Braskem com lupa apontada para o logotipo da companhia

Site da Braskem

A participação da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem (BRKM5) ganhou uma nova pretendente: a J&F Participações, holding que reúne os investimentos da família Batista, controladora da gigante de alimentos JBS (JBSS3).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O grupo ofereceu R$ 10 bilhões pelos créditos que os bancos possuem contra a antiga Odebrecht, que cedeu as ações da Braskem em garantia de empréstimos bancários. A Novonor está em recuperação judicial desde 2020.

A petroquímica confirmou a proposta da J&F ontem à noite, mas não trouxe muitos detalhes. Por exemplo, não se sabe se a holding estaria disposta a comprar também a participação da Petrobras (PETR4) na companhia.

Como a Braskem hoje é controlada pela Novonor e pela estatal, o destino da petroquímica passa necessariamente pela Petrobras.

Isso porque os dois sócios contam com um acordo de acionistas, que prevê o direito de preferência caso uma das partes receba uma proposta de compra.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Além disso, o acordo estipula o chamado tag along, ou seja, o direito de o outro sócio vender a sua participação nas mesmas condições.

As ações da Braskem encerraram o pregão de ontem em leve alta de 0,38%, a R$ 26,18. Desde o início de maio, quando a disputa pela companhia esquentou, os papéis acumulam uma valorização de mais de 35%.

Braskem (BRKM5): as propostas na mesa

A J&F Participações é a terceira candidata a formalizar uma proposta pela participação da Novonor na Braskem. Em maio, a Adnoc, petroleira estatal dos Emirados Árabes Unidos, em conjunto com o fundo americano Apollo Global Management ofereceram R$ 47 por ação.

Mas, ao contrário das demais propostas, o valor envolve apenas R$ 20 por ação em dinheiro. Outros R$ 20 serão pagos com debêntures perpétuas, com uma taxa de 4% ao ano, e os R$ 7 restantes serão quitados com pagamento via warrant — um título de garantia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No mês passado, a Unipar (UNIP6) entrou na disputa com uma oferta de R$ 36,50 por ação da petroquímica. Após o negócio, a Unipar ficaria com 34,366% do capital da Braskem e a ex-Odebrecht permaneceria com uma participação de 4%.

Por fim, a Unipar estabeleceu como uma das condições para que a oferta vá adiante que a Petrobras permaneça como acionista da Braskem.

VEJA TAMBÉM - DÓLAR ABAIXO DOS R$ 4,50? O QUE ESPERAR DO CÂMBIO E SELIC NA RETA FINAL DE 2023

E a Petrobras?

A dúvida agora é o que a Petrobras pretende fazer em relação à participação na Braskem. Isso porque a nova gestão da estatal já se mostrou reticente à venda de qualquer ativo.

Nesta segunda-feira (10), a companhia pediu acesso ao virtual data room da Braskem para decidir o que fazer. Uma das possibilidades é a de que a companhia não apenas não venda sua participação como decida fazer uma oferta para ficar com as ações da Novonor.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas esse provavelmente seria o pior desfecho dessa história para os minoritários da Braskem. Isso porque uma negociação entre Petrobras e Novonor não daria aos demais acionistas o direito de vender suas ações nas mesmas condições.

Exit mobile version