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Aprovado! Senado dá sinal verde para Cristiano Zanin, advogado de Lula na Lava Jato, assumir vaga no STF

Cristiano Zanin durante sabatina para indicação do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) o nome de Cristiano Zanin para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) com 58 votos a favor e 18 contra. Mais cedo, a indicação havia sido aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) por 21 votos a 5 em uma sessão de quase oito horas.

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Zanin ganhou notoriedade nacional por ter sido advogado do agora presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Lava Jato, que levaram o petista à cadeia por 580 dias. 

O trabalho colocou o advogado contra o então juiz Sergio Moro, responsável pela operação. Hoje, Moro é senador pelo União Brasil do Paraná e participou da sabatina.

O homem de confiança de Lula

O advogado tornou-se pessoa de confiança de Lula. Zanin não negou sua relação com o petista na sabatina, mas fez o possível para diminuir a importância da defesa do agora presidente em sua carreira profissional — focou suas falas na sua trajetória no direito empresarial.

A relação de proximidade e confiança com Lula é incômoda e foi explorada pela oposição. 

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Apesar disso, foi uma petista, a senadora Teresa Leitão (PE), quem conseguiu dimensionar a importância de Zanin na vida e na trajetória política do hoje presidente da República: "Graças a seu notório saber Lula foi Lula livre, Lula inocente, Lula elegível, para com a vontade do povo ser hoje Lula presidente e ter o direito de lhe indicar", disse ela.

O senador Omar Aziz, aliado do Planalto, também mencionou a relação entre o indicado e o presidente da República. "Se o presidente Lula não indica o doutor Zanin, o presidente Lula tinha que ser interditado. Como ele vai indicar um cabra que é inimigo? Me explica", declarou Aziz.

Zanin, Lula e Moro

Zanin disse que não será subordinado a ninguém, só à Constituição. Afirmou que a busca pela imparcialidade em julgamentos foi constante em sua carreira. 

Essa declaração está relacionada a Moro: Lula, sua defesa e seu grupo político diziam que ele não tinha isenção na Lava Jato. Posteriormente, o Supremo Tribunal Federal declarou Moro parcial nos processos contra o petista.

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O advogado disse que Lula o indicou para a vaga no Supremo por causa de seu trabalho como advogado. Também afirmou que observará os procedimentos de impedimento em processos que não tenha condições de julgar no Tribunal, e mencionou causas em que trabalhou como advogado. 

Ele disse, porém, que possíveis motivações de impedimento em casos da Lava Jato precisam ser analisados caso a caso. Zanin afirmou que sabe a diferença entre o papel de advogado e o de ministro do STF.

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*Com informações do Estadão Conteúdo

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