A hora da Cosan (CSAN3) chegou — pelo menos é o que projeta o BTG Pactual. O banco acredita que a empresa está próxima de um ponto de inflexão e vê a chegada de uma fase de desalavancagem e retorno de caixa, o que deve reduzir a percepção de risco do investidor.
O banco, que tem recomendação de compra para CSAN3, vê espaço para que o papel suba até 95,8% nos próximos 12 meses, considerando a manutenção do preço-alvo de R$ 30 em relação ao fechamento de quinta-feira (1).
A avaliação fez a Cosan subir forte na B3 nesta sexta-feira (2). As ações CSAN3 lideraram as maiores altas do Ibovespa, avançando mais de 7%, cotadas na casa dos R$ 16,50.
O gráfico abaixo mostra o desempenho das ações da Cosan no ano até hoje:
O que o BTG vê na Cosan (CSAN3)?
O BTG diz que as ações da Cosan se tornaram cada vez mais difíceis de negociar devido à crescente complexidade e ao número de partes móveis.
A aquisição de uma participação na Vale, anunciada no ano passado junto com um sofisticado conjunto de estruturas de colarinho e derivativos visando proteger a Cosan da volatilidade do preço das ações, apenas tornou tudo ainda mais complexo”, diz o banco em relatório.
O BTG cita ainda os ativos não listados como Compass, Moove e a BU agrícola, que também ganharam relevância após o anúncio para expandir os negócios.
Na avaliação do banco, em tempos de aumento do custo de capital, isso levou as ações da Cosan a um desempenho inferior por meio de um maior desconto de participação — de cerca de 15% antes da Vale para cerca de 34% agora.
“Olhando para frente, achamos que a Cosan está perto de um ponto de inflexão”, diz o BTG.
O banco também acredita que as ações sensíveis aos juros começaram a ter um bom desempenho ultimamente, na esperança de um ciclo de corte da taxa Selic. “Achamos que chegou a hora da Cosan também”, diz o BTG em relatório.
É hora de comprar CSAN3
A Cosan é uma das ações com classificação de compra mais duradoura na cobertura do BTG, e banco se mostra cada vez mais otimista à medida que o novo ciclo de crescimento da empresa, iniciado há alguns anos, está quase completo.
“Os ciclos de alocação de capital da Cosan seguiram um padrão consistente baseado em uma didática ao longo dos anos, equilibrando crescimento e diversificação, preservando um balanço patrimonial sólido e retendo/promovendo talentos internos — todos os quais têm sido fundamentais para o sucesso de longo prazo”, diz o BTG em relatório.
Nos próximos trimestres, o banco acredita que a Cosan entrará em uma fase de desalavancagem e retorno de caixa, o que reduzirá a percepção de risco do investidor e permitirá que a ação comece a reduzir o desconto de avaliação embutido no preço de CSNA3 em relação às suas subsidiárias.