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Faz um PIX: transferência instantânea corresponde a 29% das operações financeiras, afirma BC

Celular exibindo o logo do Pix, sistema de transferências instantâneas do Banco Central

O uso dos meios digitais intensificou-se nos últimos anos, inclusive entre as operações financeiras. O volume de transações financeiras digitais por pessoa praticamente dobrou desde o lançamento do PIX, em 2020, enquanto houve uma redução mais acelerada dos saques de dinheiro físico no país, segundo o Banco Central (BC).

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No ano passado, o sistema de transferências instantâneas criado pelo BC já alcançou a maior participação em número de transações em relação aos demais meios de pagamento, de 29%.

Por outro lado, a quantidade de saques em caixas eletrônicos e agências bancárias caiu de 3,4 bilhões em 2020 para 2,6 bilhões no ano passado. Em valores, a queda foi de R$ 2,5 trilhões para R$ 2,1 trilhões. Em 2012, o número era de 3,9 bilhões, com movimentação financeira de R$ 4,5 trilhões.

"A quantidade e o volume financeiro de saques em ATMs e agências bancárias vêm se reduzindo ao longo do tempo de forma gradual. De 2020 em diante, essa redução de uso parece ser mais acentuada, o que pode ser explicado pelas mudanças comportamentais da pandemia, a introdução do PIX e o aumento de transações com cartões", detalhou o BC.

As avaliações foram feitas no boxe "Evolução de Meios Digitais para a Realização de Transações de Pagamento no Brasil", que faz parte do Relatório de Economia Bancária de 2022 — que será divulgado na íntegra em 6 de junho.

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Fonte: Divulgação/Banco Central

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Por que o PIX se tornou o "queridinho" dos pagamentos?

Segundo o Banco Central, o avanço das transações digitais antecede o PIX e as mudanças provocadas pela pandemia de covid-19, embora tenha se tornado mais evidente no nos últimos dois anos.

Um marco, de acordo com a autarquia, é a criação formal das instituições de pagamento, conforme regulação do órgão em 2016.

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Houve ainda o crescimento da utilização do telefone celular para fins de realização de transações financeiras — sendo o principal canal de relacionamento da população brasileira com o sistema.

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Cartão ainda está em jogo

Embora o PIX tenha conquistado a preferência de grande parte da população nos últimos anos, o Banco Central informou que houve um crescimento acelerado no uso de cartões entre o período de 2012 e 2022.

E, um dos fatores para isso é a entrada de novas instituições de pagamento, que emitem cartões de crédito e cartões pré-pagos, na última década.

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Por sua vez, há contínuo aumento da utilização de cartões, ao contrário do que vem acontecendo com outros meios de pagamentos, como boletos e cheques.

Em 2022, o cartão de crédito representou 20% da quantidade de transações, o de débito, 19%, e o pré-pago, 9%. O conjunto de cartões representava 39% de participação em 2012, mas não havia a modalidade pré-pago.

Já o boleto representou 11% do volume de transações no ano passado, contra 28% em 2012.

O cheque apresentou participação quase nula em 2022 ante 7% em 2012.

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"Em apenas dois anos de operação, entre novembro de 2020 e dezembro de 2022, o Pix tornou-se o instrumento com maior quantidade anual de transações (participação de 29%)", afirmou o BC, acrescentando papel importante do meio de pagamento na inclusão de pessoas que nunca haviam realizado transferências.

Volume de transferências

Em relação ao valor transacionado por meio de pagamento, a autoridade monetária ressaltou que as transferências inter — entre bancos diferentes — e intrabancárias — entre diferentes contas na mesma instituição financeira — continuam liderando, respondendo por cerca de 65% do volume financeiro transacionado em 2022.

O PIX representou 12%; o boleto veio logo em seguida e corresponde 13% do volume financeiro movimentado no ano passado.

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*Com informações de Estadão Conteúdo

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