Recém-privatizada, a Copel (CPLE6) segue em ritmo acelerado de reestruturação, em uma espécie de "troca de pneu com o carro andando".
A empresa de energia paranaense fez uma série de anúncios na noite desta terça-feira. A principal delas se refere ao plano de investimentos para 2024.
A Copel pretende desembolsar um total de R$ 2,432 bilhões no ano que vem. A maior parte desse valor vai para o negócio de distribuição de energia, no qual a ex-estatal pretende investir R$ 2,091 bilhões.
O plano tem o objetivo de aumento da eficiência operacional, redução de custos e composição da base de remuneração de ativos regulatórios (BRR), de acordo com a companhia.
Na Copel Geração e Transmissão serão outros R$ 265,1 milhões. O valor inclui R$ 90,1 milhões para investimentos em melhorias e reforços nas linhas de transmissão.
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Copel: fim das units CPLE11
Enquanto planeja a operação, a Copel também procura se reorganizar na B3. O conselho de administração da companhia aprovou o fim do programa de units (certificados de ações).
Atualmente, a companhia possui três papéis com negócios na B3: as ações ordinárias (CPLE3), as preferenciais (CPLE6), além das units, certificados que representam uma ação CPLE3 e quatro CPLE6.
"Com a recente transformação da companhia em sociedade de capital disperso sem controlador definido, houve incremento substancial na liquidez das ações ordinárias, de modo que o Programa de Units deixou de cumprir as finalidades pelas quais foi instituído", justifica a Copel.
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A empresa convocou uma assembleia de acionistas para o dia 18 de dezembro para aprovar o fim das units. A expectativa é que os papéis CPLE11 deixem o pregão no dia 22 de dezembro. Assim, quem tiver esses papéis receberá as ações correspondentes no dia 28/12.
Por fim, os papéis vão preservar os mesmos direitos após o desmembramento, incluindo o pagamento de dividendos e bonificações, ainda de acordo com a Copel.