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Pode não parecer, mas a eleição de Javier Milei para presidência da Argentina importa para o Bitcoin (BTC) — o porquê você descobre aqui

Bitcoin (BTC), a maior criptomoeda do mundo, na Argentina

Bitcoin (BTC), a maior criptomoeda do mundo, na Argentina

Saudações! Não pretendo me passar por analista político, nem, muito menos, por um extenso conhecedor da história sócio-política argentina. O meu viés aqui não será este. Se é isso que você procura, talvez Fernando Schüler, um dos mais perspicazes professores que já tive, tenha uma contribuição mais valiosa. Posto isso, vamos ao que interessa. 

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Javier Milei é um economista e político antiestablishment, ou seja, critica certas instituições oficiais e seus modus operandi. Sua popularidade cresceu fortemente frente às consequências desastrosas de políticas econômicas equivocadas, as quais levaram a Argentina a uma hiperinflação, elevados níveis de pobreza e a um câmbio caótico. Em jogos de futebol, inclusive, virou piada falar mal do dinheiro dos hermanos.

O novo presidente eleito já chegou a descrever os Bancos Centrais como mecanismos fraudulentos de financiamento político, dizendo pretender extinguir o BC argentino e dolarizar a moeda em seu mandato. Além disso, disse ser pró-Bitcoin, por se tratar de uma reação natural do mercado que traria o dinheiro, como tecnologia, de volta para o setor que o criou: o setor privado.

A Argentina na ponta do lápis

Não tentarei medir os erros e acertos das falas de Milei, mas eis aqui alguns fatos:

  1. Os governos obtêm dinheiro de duas formas, ou emitem títulos de dívida (pegam empréstimos), ou cobram impostos;
  2. Um dos maiores compradores dos títulos de um governo é o seu próprio Banco Central, processo conhecido como monetização da dívida;
  3. A monetização da dívida incorre em expansão da base monetária, e consequentemente em inflação;
  4. Os incentivos para que um governo atual não emita, ou emita menos dívida, são mínimos, pois a responsabilidade da dívida é sempre designada para o próximo governo, e aumentar impostos faz com que o eleitorado reclame mais rapidamente;
  5. No fim das contas, quem paga somos nós, cidadãos, através da inflação e de uma enxurrada de impostos.

Assim como Milei, o Bitcoin também pode ser classificado como antiestablishment por se tratar de um sistema que tem como princípios chave a desintermediação e a soberania sobre o capital próprio.

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Não existe monetização de dívida no sistema financeiro bitcoiniano. É um sistema limpo, democrático, definido e transparente.

Estou envolvido com esse mercado desde 2019 e, lentamente, vejo o Bitcoin se tornar cada vez mais relevante no cenário geopolítico pelos seus próprios méritos.

O mundo parece estar mudando... você pretende acompanhar essa mudança?

Variações semanais (13/11/23 a 20/11/23)

? Bitcoin (BTC)

Preço: US$ 37.427 | Var. +0,92%

? Ethereum (ETH)

Preço: US$ 2.011 | Var. -1,66%

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? Dominância Bitcoin: 52,70% (Var. +0,59%)

* dados referentes ao fechamento em 20/11/23

Além da Argentina: outros tópicos da semana 

Gráfico da semana  

Tenho uma preocupação em ser prático e objetivo, em especial quando se trata de escrever sobre cripto. Tanto para o avançado quanto para os mais leigos, o texto precisa entregar alguma informação prática para o leitor, não podendo ficar somente no âmbito das ideias, no éter (sem trocadilhos aqui). Por isso, esta semana trouxe algo bem prático; venho mostrar que ainda há tempo de entrar nesse ciclo e lucrar bastante.

No gráfico abaixo, você pode observar a quantidade de dias que cada máxima histórica do Bitcoin perdurou antes de ser quebrada.  

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Fonte: Elaboração do autor

Em média, as máximas que foram topo de ciclo demoraram cerca de 669 dias para serem quebradas. Os topos de 2011, 2013 e 2017 duraram, respectivamente, 623, 1177 e 1080 dias. Atualmente, o topo de mercado, consolidado em novembro de 2021, perdura há mais de 730 dias.

O relógio está mexendo, a temperatura aumentando... os três ingredientes para o próximo bull market são iminentes: ETFs de Bitcoin, Halving e o corte da taxa de juros americana, junto com a volta da liquidez global.

Em vista de tudo isso, uma exposição nula ao Bitcoin, para mim, é algo muito difícil de se justificar.

Forte abraço, 

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Valter Rebelo

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