CryptoGPT: protocolo de inteligência artificial avaliado em US$ 250 milhões é passo para Web 3.0 — e não tem nada a ver com o Chat GPT

É difícil chegar a esta altura de 2023 e não ter ouvido ao menos uma vez sobre inteligência artificial — ou apenas IA, para os íntimos. O Chat GPT foi a primeira e mais conhecida plataforma do tipo e inspirou outras dezenas que surgiram depois. Naturalmente, o setor de criptomoedas já pensou em como monetizar a moda do momento. A bola da vez é o CryptoGPT (GPT), uma criptomoeda criada há exatamente um mês, no dia 10 de março.

Com um valor de mercado de pouco mais de US$ 13 milhões, o token GPT já se valorizou mais de 80% desde então. 

Além disso, em uma recente rodada de investimentos do tipo Série A, liderada por pelo DWF Labs, o protocolo como um todo — que inclui não apenas a criptomoeda, mas todo ecossistema da blockchain — foi avaliado em US$ 250 milhões.

Mas não se engane: não há qualquer indício de parceria entre o Chat GPT e a CryptoGPT. Portanto, não invista na criptomoeda pensando que está colocando dinheiro na inteligência artificial. 

O que faz a CryptoGPT?

A criptomoeda está atrelada, ainda que indiretamente, à inteligência artificial. Isso porque ela permite a monetização de dados de usuários por meio da blockchain. 

Em termos técnicos, trata-se de um protocolo de segunda camada (layer 2 ou L2) do tipo zero-knowledge (ZK). O CryptoGPT pretende tornar a informação utilizada pelas inteligências artificiais em commodities e fazer com que os usuários levem algum dinheiro com isso. 

Na visão dos desenvolvedores do projeto, se hoje a informação é utilizada por grandes empresas de tecnologia — como a Meta, o Google e por aí vai — e o usuário não ganha nada com isso, no futuro, ele pode passar a receber pelo uso dos seus dados.

• Enquanto SVB e Credit Suisse acendem alertas de crise bancária, entusiastas de criptomoedas voltam a enxergar o bitcoin como reserva de valor alternativa. Será mesmo que o BTC é o “ouro digital”? Confira a análise completa aqui. 

Como isso se conecta à Web 3.0

A ideia de ser recompensado por disponibilizar os próprios dados não é nova. Ela está inserida em um contexto de Web 3.0, a nova geração da internet. 

Em linhas gerais, o futuro da internet está ligado à maior remuneração de usuários e criadores de conteúdo e menos nas plataformas, que hoje captam o maior montante de recursos em rede. 

Conforme o Chat GPT e outras plataformas de IA ganharem aderência do público, o gerenciamento e armazenamento de dados se torna cada vez mais necessário. Naturalmente, o protocolo que tiver mais informações disponíveis sairá na frente disso. 

Mas cuidado com CryptoGPT e outras criptomoedas de IA

A pergunta que fica é: vale a pena investir em criptomoedas como o CryptoGPT?

Aí depende. O token GPT está disponível em diversas corretoras de criptomoedas (exchanges) internacionais, como Bybit, Bitget, BingX, DigiFinex e SuperEx. Também é possível ter mais informações sobre o protocolo no próprio site do CryptoGPT. 

Mas o futuro da inteligência artificial, bem como da Web 3.0, são incertos. A temática de IA é muito recente e as implicações legais, morais e sociais do uso dessa tecnologia não têm um horizonte claro de adoção. Essa demora pode demorar mais do que o investidor está disposto a esperar investindo em uma criptomoeda.

A própria Web 3.0 é um conceito vago e abrangente, que tem se construído como ideal, mas com poucos projetos práticos.

Mas, olhando por outra perspectiva, investir em projetos inovadores no começo é positivo porque o investidor encontra preços mais atraentes — o próprio GPT vale cerca de US$ 0,07431.

Seja como for, vale ressaltar que o mercado de criptomoedas é extremamente volátil e o investidor não deve manter uma parcela maior do que 5% do seu portfólio em ativos digitais.

Compartilhe