Enquanto o Bitcoin (BTC) foi o melhor ativo do primeiro trimestre de 2023, outro setor do mercado das criptomoedas teve um desempenho significativamente melhor. Moedas relacionadas a serviço de blockchain valorizaram 135% na média desde o começo do ano.
Recapitulando, o mercado de criptomoedas é composto por diversos segmentos — assim como um prédio é dividido entre a parte de baixo (a fundação) e a parte de cima (os andares).
A base para a criação de projetos são os chamados protocolos de primeira camada (L1 ou layer 1), e servem de sustentação para outros projetos, os de segunda camada (L2 ou layer 2). Esses são os dois principais termos que englobam uma infinidade de criptomoedas e redes.
Trazendo para termos mais fáceis de se entender, a blockchain do Ethereum (ETH) serve de base (layer 1) para outros protocolos (layer 2) operarem em cima dele.
Para que serve a segunda camada
Os L2 podem ser usados para uma infinidade de coisas.
Entre suas principais aplicações, estão protocolos voltados tanto para escalabilidade (crescimento) da rede quanto para interação com o usuário, como é o caso dos aplicativos descentralizados (dApps), protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), jogos descentralizados do tipo play-to-earn (GameFi), outras criptomoedas e por aí vai.
Segundo dados do Cryptorank, essa classe de criptomoedas de L2 — categorizadas como serviços de blockchain, redes sociais descentralizadas e DeFi — teve um desempenho melhor que o bitcoin e outras moedas digitais desde o começo de 2023.
Fonte: Cryptorank.
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O que explica a disparada dessas criptomoedas?
Antes de mais nada, é preciso explicar algumas coisas. Vários projetos podem entrar com mais de uma classificação porque executam vários protocolos em cima de suas redes ou aplicativos.
Além disso, essas altcoins — termo genérico para criptomoedas alternativas ao bitcoin — tendem a ter uma volatilidade maior. O caráter exponencial de crescimento dessas moedas também favorece a alta das cotações em um curto período de tempo.
Por fim, nem todos os projetos que se enquadram na classe dos L2 são viáveis ou têm alguma qualidade que explique a disparada. Vale lembrar que o número apresentado no Cryptorank é uma média do desempenho dos tokens — sejam eles de qualidade ou não.
Mas vale destacar que essas criptomoedas têm seu mérito. Afinal, elas são utilizadas para resolver algum problema prático da rede ou criar novas formas de interação no meio digital. E, por sua infinidade de usos, os protocolos de L2 foram alguns dos mais indicados para se investir em 2023.
O crescimento das L2 é um bom sinal
Por fim, vale ressaltar ainda que o crescimento do número de aplicações do tipo L2 — e o crescimento dos protocolos já existentes — é um bom sinal para o mercado de criptomoedas.
Isso é um indicador de que o setor voltou a crescer e a chamar a atenção de desenvolvedores.
Quanto mais participantes e mais projetos de qualidade sendo construídos em cima deles, maior será o desenvolvimento sustentável desse setor tão novo na economia.
O investidor pode ter acesso a essas criptomoedas diretamente pela compra por carteiras digitais (wallets) ou consultar a disponibilidade de compra na sua corretora de cripto (exchange).
Apesar disso, especialistas recomendam manter uma parcela de, no máximo, 5% do seu portfólio em ativos digitais.