O bitcoin (BTC) acumula alta de quase 85% no que vai do ano — porém, essa valorização é apenas o começo, diz Geoff Kendrick, chefe de pesquisa de criptografia do Standard Chartered Bank.
O estrategista acredita que a maior criptomoeda do mundo deve chegar a US$ 50 mil até o fim de 2023 e superar a marca de US$ 100 mil até dezembro do ano que vem.
Na última atualização, publicada em abril, Kendrick projetava que o BTC arranhasse o patamar de US$ 100 mil em 2024 devido às turbulências no setor bancário.
Na época, o Banco do Vale do Silício (SVB) tinha acabado de colapsar — e os tremores foram sentidos em outros bancos, como Signature Bank, Silvergate e First Republic Bank.
Com isso, o gestor projetava uma estabilização em ativos de risco mais amplos, além de melhor lucratividade para mineradores de bitcoin, progresso na regulamentação global das criptomoedas e menor volatilidade nos preços do BTC.
Acontece que, nesta segunda-feira (10), Kendrick elevou ainda mais as expectativas para a criptomoeda: a projeção é que o bitcoin suba para além dos US$ 100 mil em dezembro de 2024.
Bitcoin (BTC) a US$ 50 mil
A nova projeção para a criptomoeda tem base na expectativa de menor venda de bitcoin (BTC) pelos mineradores, o que resultaria em vantagens para o ativo digital.
Isso porque os mineradores de bitcoin validam as transações na blockchain e recebem parte da criptomoeda como recompensa.
“Com base em sua lucratividade, os mineradores decidem quanto do novo suprimento de BTC chega ao mercado”, escreveu o chefe da Standard Chartered.
Na visão do gestor, o aumento da lucratividade dos mineradores por cada bitcoin minerado significa que eles podem vender menos, mantendo as entradas de caixa, reduzindo a oferta líquida de BTC e elevando os preços da criptomoeda.
Com o preço recente do BTC, os mineradores têm vendido quase todos os novos bitcoins que mineraram, segundo o chefe da Standard.
Porém, se o preço do bitcoin subir para cerca de US$ 50 mil, a parcela de bitcoin recém-minerado à venda pode cair para 20% a 30%, de acordo com os cálculos de Geoff Kendrick.
Vale destacar que, apesar dos ganhos no acumulado do ano, o bitcoin ainda está mais de 50% abaixo de seu recorde histórico de US$ 68.990, atingido em novembro de 2021, de acordo com dados da CoinDesk.
*Com informações de MarketWatch e Coindesk