Por que o bitcoin (BTC) sobe mesmo com perspectiva de despejo de US$ 3,4 bilhões em criptomoedas no mercado — e a polêmica mudança de nome da Huobi 

O investidor que acompanha os preços de tela do mercado de criptomoedas pode estar mais entediado do que o normal. O bitcoin (BTC) vem escalando preços a passos curtos, mas consegue acumular avanço de quase 3% na semana, de acordo com o Coin Market Cap.

Entretanto, se os preços continuam sem movimentações bruscas, as notícias continuam saindo a todo vapor. Na última quarta-feira (13), a corretora de criptomoedas (exchange) falida FTX recebeu autorização formal para a venda de aproximadamente US$ 3,4 bilhões em ativos digitais. 

No dia do anúncio, o bitcoin chegou a cair para os US$ 25 mil, se aproximando de um padrão gráfico negativo de “Cruz da Morte”, que costuma preceder quedas ainda mais intensas.

Mas não é o que acontece nesta quinta-feira (14). A maior criptomoeda do mundo segue em tendência de alta e caminha para fechar o terceiro dia seguido de alta.

E tudo graças a Justin Sun, fundador da Huobi e da rede Tron, que prometeu comprar parte dos ativos da FTX para amortecer o impacto no mercado. 

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Criptomoedas em zona segura

Sun já havia anunciado que pretendia comprar parte dos ativos da FTX e, mesmo sem dizer o montante ou mesmo com que recursos faria isso, o mercado reagiu positivamente. 

O detalhamento de como a venda de ativos da FTX aconteceria também ajudou na manutenção do viés positivo do setor.

O plano indica que a exchange limitará as vendas a US$ 100 milhões em tokens por semana — podendo aumentar e chegar ao limite permitido pelo tribunal de falências, de US$ 200 milhões semanais.

Uma nota inserida no plano determina que a venda de bitcoin, ethereum (ETH) e algumas stablecoins não estarão inclusas no limite semanal de US$ 100 milhões por semana.

Porém, o mercado estava mais preocupado com o alto valor que a corretora possuía em altcoins (termo genérico para criptomoedas alternativas ao BTC). Só em solana (SOL), são mais de US$ 1 bilhão, o que poderia causar um colapso no protocolo. 

A perspectiva de um despejo controlado de criptomoedas no mercado ajuda a manter os preços em relativa alta. 

Nem sempre acerta

Além do anúncio de compra dos ativos da FTX, Justin Sun aproveitou o momento para mudar o nome da corretora Huobi internacionalmente. Para os falantes de língua inglesa, a empresa passa a se chamar HTX. 

“Esta atualização de marca apenas para as empresas no exterior. A marca chinesa Huobi permanece inalterada e seu nome completo é Huobi HTX”, afirma ele no X, antigo Twitter. 

A mudança causou polêmica entre os participantes do mercado, em especial nas redes sociais devido a proximidade com o nome da falida corretora FTX. Sun evitou comentar o assunto em sua participação no Token 2049, em Singapura.

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