CEOs vão investir em IA, ainda que tenham preocupações com problemas éticos — mas home office segue ameaçado, segundo levantamento da KPMG
As maiores dificuldades para crescimento apontadas por eles dizem respeito a incertezas geopolíticas e ao surgimento de novas tecnologias

Apostas em inteligência artificial, problemas éticos com IA e premiação para quem for ao escritório. Esses foram alguns dos pontos levantados por uma pesquisa feita pela consultoria KPMG com mais de 1.300 CEOs pelo mundo.
Os dados do CEO Outlook 2023 mostram que a grande maioria deles (72%) considera que o investimento em inteligência artificial (IA) é prioritário. Entretanto, 81% temem problemas éticos e com a falta de regulação sobre o uso da tecnologia.
O levantamento também mostra que 90% dos CEOs consideram premiar funcionários que optarem por trabalhar presencialmente, dando tarefas melhores, aumentos e promoções.
Segundo a KMPG, 62% dos executivos gostariam que o modelo presencial fosse adotado nos próximos três anos. É uma grande mudança em relação a 2022, quando apenas 34% queriam isso (então, a expectativa neste ano quase dobrou).
Para 34% dos CEOS, os funcionários devem ficar no modelo híbrido, e somente 4% defendem o trabalho de forma totalmente remota.
Veja alguns destaques do levantamento com CEOs
- 62% gostariam que trabalho presencial fosse predominante na empresa;
- 90% dizem que premiariam aqueles que optarem pelo presencial;
- 81% temem falta de regulação de IA
- 72% dizem que o investimento em IA é prioritário
- 57% dizem estar investindo em novas tecnologias
- 43% que dizem estar investindo em capacitação de pessoal
- Investimento em IA é prioridade, mas falta de regulação preocupa
A pesquisa aponta para as mudanças que a difusão de inteligência artificial (IA) generativa pode ter nos ambientes de trabalho.
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81% dos CEOs ouvidos expressaram preocupação sobre como a falta de regulação da IA pode impedir o sucesso de suas empresas. Eles citam também problemas éticos e de custo como preocupações para o uso de IA.
77% dizem que o grau de regulação de IA deveria emular aquele utilizado para compromissos climáticos.
"CEOs estão cada vez mais conscientes dos riscos éticos e da evolução rápida das regulações ligados à IA generativa. Muitos estão tomando atitudes proativas para enfrentar esses pontos", afirma Steve Chase, vice-presidente de IA e Inovação Digital da KPMG, em trecho do relatório.
- COMO É O TRABALHO DE UM ANALISTA DE AÇÕES? No programa ‘Carreiras e Afins’, o jornalista Kaype Abreu entrevista João Piccioni, analista-chefe da Empiricus Research. Veja na íntegra:
Foco no investimento em tecnologia
72% dos CEOs dizem que o investimento nesse tipo de tecnologia é prioritário, apesar de incertezas econômicas. A maioria aponta ainda que está investindo mais na compra de novas tecnologias (57%) do que no desenvolvimento de habilidades e capacitação de pessoal (43%).
Quando questionados sobre as vantagens da implementação de IA em suas organizações, os CEOs citam o aumento de lucro, oportunidades de crescimento e de criação de novos produto, como alguns dos principais ganhos.
CEOs identificam que investimentos em ESG devem trazer retorno
Os CEOs ouvidos pelo levantamento se mostram confiantes com o crescimento de suas empresas (79%) e da economia global (77%), apesar de dificuldades estruturais, como inflação, alto custo para captação de capital, transição energética e mudanças no mercado de trabalho.
As maiores dificuldades para crescimento apontadas por eles dizem respeito a incertezas geopolíticas e ao surgimento de novas tecnologias.
Enquanto isso, a maioria dos CEOs veem que investimentos em políticas ESG devem trazer retorno financeiro e de reputação em até cinco anos. 58% esperam retorno entre três e cinco anos, enquanto 24% entre um e três anos.
"Cadeias de suprimentos complicadas, escassez de talentos e relatórios climáticos complexos são desafios, mas os CEOs também entendem que falhas em agir podem resultar em abrir espaço para concorrentes, o que pode ser muito mais custoso no longo prazo", aponta o líder de ESG da KPGM dos EUA, Rob Fisher, em trecho do relatório.
A maioria dos CEOs também disse estar aberta para oportunidades de fusões e aquisições, com 54% deles apontando que estão dispostos a apostar em aquisições que terão um impacto significativo nas suas companhias.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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