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HCTR11 e outros fundos imobiliários vítimas de calotes despencam até 34% no mês; veja as maiores altas e quedas de março

Imagem mostrando casas de brinquedo enfileiradas, com uma seta vermelha que sobe e desce sobre os telhados. É um símbolo do desempenho dos fundos imobiliários (FIIs) | Dividendos RECR11 fundo imobiliário Maxi Renda MXRF11 KINP11 CPTS11 HCTR11

Fundos imobiliarios (FIIs)

A lista de maiores quedas entre os membros do IFIX, o índice que reúne os principais fundos imobiliários da B3, foi definida por um fator em março: os calotes. Hectare CE (HCTR11), Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), Versalhes RI (VSLH11) e outros FIIs com inadimplência nos portfólios dominaram a ponta negativa.

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O primeiro lugar do pódio ingrato ficou com o HCTR11, que recuou 33,99% no mês. As outras posições são ocupadas por outros quatro fundos que foram vítimas da mesma situação e das mesmas empresas. Confira abaixo as maiores quedas do último mês:

TickerFundoVariação no mês*
HCTR11Hectare CE-33,99%
DEVA11Devant Recebíveis Imobiliários-33,49%
VSLH11Versalhes RI-28,83%
TORD11Tordesilhas EI-23,82%
BCRI11Banestes RI-17,67%
Fonte: B3 | *Variação até às 13h20 de 31/03/2023

Veja também quais fundos registraram as maiores altas do período:

TickerFundoVariação no mês*
PVBI11VBI Prime Properties5,49%
HOFC11Hedge Office Income5,03%
VTLT11Votorantim Logística4,60%
XPCI11XP Crédito Imobiliário4,55%
RBRY11RBR Private Crédito Imobiliário2,95%
Fonte: B3 | *Variação até às 13h20 de 31/03/2023

Fundos imobiliários estão ligados a securitizadora e devedores

Além de serem todos vítimas de calotes, os quatro primeiros colocados do ranking com os maiores recuos do mês têm outros elementos em comum. Um deles é a Forte Securitizadora (Fortesec): a companhia é responsável pela emissão de todos os títulos inadimplentes.

Outro fator que liga esses FIIs são os devedores dos títulos de crédito que deram problema. Os papéis ligados à empresa Gramado Parks — que obteve recentemente uma tutela cautelar para interromper pagamentos a credores por 60 dias — e à WAM Holding, grupo que atua no segmento de multipropriedades e também enfrenta dificuldades financeiras, estão presentes nas quatro listas de ativos.

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O Circuito de Compras é outro devedor em comum para dois dos fundos imobiliários. Vale destacar que a empresa, que opera um shopping popular na região do Brás, em São Paulo, já havia atrasado o pagamento de suas obrigações financeiras no mês passado.

A companhia também está na mira da CPI da Pirataria, conduzida pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Os deputados paulistas encerraram as atividades da CPI na semana passada e, em seu relatório final, recomendam uma intervenção do poder Executivo e do Ministério Público na operação da empresa.

O último fator em comum entre eles é que as gestoras dos quatro FIIs — Devant Asset, Hectare e RCAP Asset — fazem parte da holding RTSC, que investe em diversas empresas do mercado financeiro.

O grupo também é controlador indireto da Fortesec, a emissora dos CRIs. Além disso, um dos fundos de suas gestoras, o SRDV11, é o único acionista da Gramado Parks.

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Já o BCRI11, último colocado no pódio das maiores quedas, não está diretamente ligado ao grupo, mas investe aproximadamente 2% de seu PL em CRIs de empresas da holding RTSC. O fundo também é dono de cotas de três outros FIIs da lista, o que eleva o percentual de exposição total aos calotes para cerca de 10,6%.

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