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Fundos imobiliários ligados à Gramado Parks disparam até 39% e anotam as maiores altas de maio; veja os FIIs que mais caíram no mês

Imagem mostra pequenas casas de brinquedo sobre pilhas de moedas, representando os dividendos pagos mensalmente pelos fundos imobiliários (FIIs) | fundo imobiliário HGLG11

O mês de maio foi um dos melhores a história do IFIX. O índice que reúne os principais fundos imobiliários da B3 subiu mais de 5,4% no período e engatou uma longa sequência de alta que não era vista há três anos.

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A disparada é parcialmente explicada pela melhora geral no ambiente para os ativos de risco brasileiros. Mas outra razão para o salto é o desempenho dos fundos de papel — ou seja, os que investem em títulos de crédito imobiliário — do tipo high yield.

A categoria, que entrega remunerações maiores em troca de um risco de crédito elevado, sofreu com calotes nos portfólios.

Em maio, porém os FIIs vítimas de inadimplência, especialmente os ligados ao caso Gramado Parks, apresentaram uma forte recuperação que levou esses fundos a anotarem as maiores altas do IFIX no mês. Veja abaixo:

TickerFundoVariação no mês
DEVA11Devant Recebíveis Imobiliários39,05%
HCTR11Hectare CE30,64%
VSLH11Versalhes RI22,95%
BCRI11Banestes RI18,15%
TORD11Tordesilhas EI15,95%
Fonte: B3

Fundos imobiliários ligados à Gramado Parks são destaque do mês

Devant Recebíveis Imobiliários (DEVA11), Hectare CE (HCTR11), Versalhes RI (VSLH11), Banestes RI (BCRI11) e Tordesilhas EI (TORD11) foram alvos da inadimplência de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) do conglomerado de turismo e multipropriedades em março.

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Três das holdings do grupo estão em recuperação judicial, mas uma decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul autorizou a Forte Securitizadora, emissora dos CRIs, a executar as garantias dos títulos.

Antecipando-se aos tribunais, uma assembleia de credores de outros certificados de recebíveis da Gramado Parks também aprovou o acionamento judicial das garantias dos ativos da holding que ainda não estão sob a proteção da RJ.

Os detentores dos títulos deram ainda o sinal verde para a exigência da recompra total dos créditos imobiliários e declaração de vencimento antecipado de debêntures, entre outras deliberações.

As maiores quedas do mês

TickerFundoVariação no mês
RECT11REC Renda Imobiliária-2,71%
ALZR11Alianza Trust Renda Imobiliária-2,45%
PVBI11VBI Prime Properties-2,28%
VTLT11Votorantim Logística-1,18%
BTAL11BTG Pactual Agro Logística-0,79%
Fonte: B3

Já a outra ponta do IFIX foi ocupada, em sua maioria, por fundos de tijolo, ou seja, que investem em ativos reais.

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A primeira colocação é do REC Renda Imobiliária (RECT11), que desagradou o mercado a anunciar mudanças na operação de securitização ligada à aquisição de um de seus ativos, o Edifício Barra da Tijuca.

O fundo agora terá de bancar uma amortização extraordinária de R$ 7,6 mlhões. Mas, por outro lado, não precisará mais realizar depósitos trimestrais em junho e setembro deste ano.

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