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Braskem (BRKM5): Oferta da Unipar tem prêmio de 42,5% sobre cotações na B3, mas depende da Petrobras

Site da Braskem com lupa apontada para o logotipo da companhia

Site da Braskem

A disputa pela participação da Novonor (ex-Odebrecht) na Braskem (BRKM5) esquentou ainda mais neste fim de semana com a oferta feita pela Unipar (UNIP6).

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O comunicado que a Unipar divulgou trazia poucos detalhes financeiros sobre a proposta, mas na manhã de hoje a própria Braskem trouxe mais informações.

Pelos termos da proposta, o grupo ofereceu R$ 36,50 por ação da petroquímica. Esse valor representa um prêmio de 42,5% sobre as cotações de fechamento da Braskem na sexta-feira na B3 (R$ 25,61).

Como esperado, os papéis da petroquímica reagem em forte alta ao anúncio da nova proposta. Por volta das 10h50, as ações BRKM5 disparavam pouco mais de 6%, a maior valorização do Ibovespa nesta segunda-feira.

Vale lembrar que a oferta da Unipar prevê a realização de uma oferta pelas ações dos minoritários nos mesmos termos da Novonor. Ou seja, se a transação for adiante os papéis da Braskem podem ter um bom potencial de valorização pela frente.

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Ainda de acordo com a oferta, a Unipar passará a deter 34,366% do capital da Braskem após a operação. O negócio também prevê a manutenção da ex-Odebrecht como acionista, mas com uma participação de 4%.

Braskem: oferta da Unipar depende da Petrobras

A Braskem hoje é controlada pela Novonor e pela Petrobras, e o andamento da oferta que a Unipar lançou passa necessariamente pela estatal.

Isso porque os dois sócios contam com um acordo de acionistas, que prevê o direito de preferência caso uma das partes receba uma proposta de compra. Além disso, o acordo estipula o chamado tag along, ou seja, o direito de o outro sócio vender a sua participação nas mesmas condições.

E a Unipar estabeleceu como uma das condições para que a oferta vá adiante que a Petrobras não exerça nenhum dos dois direitos.

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O problema é que a nova gestão da estatal já se mostrou reticente à venda de qualquer ativo. No mercado, não se descarta inclusive que a Petrobras decida comprar a participação do sócio na Braskem.

O imbróglio da venda da participação da Novonor na Braskem envolve ainda os bancos credores, que possuem ações da petroquímica em garantia de empréstimos. A antiga Odebrecht está em recuperação judicial desde 2020.

Em comunicado, a Novonor informou que vai avaliar as condições da oferta da Unipar em conjunto com as instituições financeiras. "Não há qualquer decisão, mesmo que preliminar, tomada a respeito da proposta", acrescentou.

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Oferta da Apolo

Por fim, cabe destacar que a Novonor já possui na mesa uma oferta da Adnoc, petroleira estatal dos Emirados Árabes Unidos, em conjunto com o fundo americano Apollo Global Management. O Seu Dinheiro antecipou a proposta.

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Os grupos ofereceram R$ 47 por ação da Braskem na transação. Mas, ao contrário da proposta da Unipar, o valor envolve apenas R$ 20 por ação em dinheiro. Outros R$ 20 serão pagos com debêntures perpétuas, com uma taxa de 4% ao ano, e os R$ 7 restantes serão quitados com pagamento via warrant — um título de garantia.

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